Cartas ao director
Portugal, paraíso turístico
Passei a Páscoa em Altura, no Algarve, onde o afluxo de espanhóis, uma tradição nesta quadra do ano, foi bastante superior ao habitual. É bom sinal. O nosso país é procurado cada vez mais como destino turístico, designadamente pelos nuestros hermanos. Pelo que vi — e não me refiro só a espanhóis —, a galinha dos ovos de oiro, designação que se costuma dar ao turismo, continua bem viva e a pôr cada vez mais ovos. Num país que tem uma indústria fraca (…), o turismo perfila-se como uma grande fonte de riqueza. As nossas condições para viver dele são quase inigualáveis: o clima, as belezas naturais — o país é todo ele bonito —, as praias, a afabilidade das gentes — o português é simpático e cordial —, a gastronomia e o vinho. E, last but not the least, a segurança e a estabilidade política. Portugal pode bem ser um paraíso turístico. Que haja vontade política.
Simões Ilharco, Lisboa
25 de Abril, sempre!
Daqui a oito dias comemora-se mais um 25 de Abril. De certeza absoluta que será, mais uma vez, comemorado pelo nosso povo, de Norte a Sul, e não só como o Dia da Liberdade. Os portugueses nunca esquecerão esta data, nunca, pois ela garantiu a alegria de viver e, sobretudo, uma maior esperança no nosso futuro (…). Mesmo com um Governo completamente diferente dos anteriores, apoiado pela chamada esquerda, e com o apoio de um Presidente da República também ele completamente diferente dos seus antecessores, Portugal tem muito trabalho por fazer. É que o desemprego não pára, reformados com pensões de miséria, salários baixíssimos e, sobretudo, a criminalidade que tem vindo a aumentar. De qualquer maneira, não deixarei de dizer: viva o 25 de Abril, eternamente!
Tomaz Cardoso Albuquerque, Lisboa
O problema estará no voto popular?
O voto popular escolheu Trump. O voto popular escolheu Erdogan (51,4%). O voto popular escolherá, com muita probabilidade, Marine Le Pen, no próximo dia 23.
Votaram em Trump e, não obstante, é o Presidente dos EUA "mais impopular de sempre". Trump, o homem e pai das bombas. Trump, eleito pela maioria dos americanos, "bombardeou a Síria sem consultar a ONU". Não nos devemos preocupar? (…)
Erdogan saiu reforçado. O seu povo quer ser liderado por ele. E ponto final. Não votaram numa democracia, antes numa "autocracia". Os turcos vão deixar Erdogan "nomear juízes sozinho, abolir o cargo de primeiro-ministro e até a candidatar-se a mandatos suplementares"! Os turcos esqueceram-se, no momento do seu voto livre, que o homem prendeu jornalistas, intelectuais e líderes da oposição. Não devemos ficar preocupados? (…)
Para terminar: a que tem levado o poder do voto popular? Estou preocupada com o futuro da Europa e do mundo (e da ONU, já agora). A paz será impossível nestes cenários. E é a paz que queremos...
Céu Mota, Santa Maria da Feira
O PÚBLICO Errou
A exposição Villa Tugendhat está na Faculdade de Arquitectura da Universidade do Porto e não na de Engenharia, como erradamente noticiámos na edição de 16 de Abril.