Rui Cartaxo é o novo chairman do Novo Banco
Antigo presidente da REN foi confirmado como presidente do conselho de administração do Novo Banco. António Ramalho permanecerá como presidente executivo
Rui Cartaxo vai assumir a presidência do conselho de administração (chairman) do Novo Banco, no âmbito da alteração dos estatutos da instituição financeira, avançou este sábado, 8 de Abril, a agência Lusa. António Ramalho mantém-se presidente executivo, anunciou a instituição financeira.
Em comunicado citado pela Lusa, o Novo Banco informou que, na sequência da deliberação do seu único accionista Fundo de Resolução, foram alterados os estatutos do banco.
"Nesta alteração de estatutos agora aprovada e proposta pelo Novo Banco a 21 de Dezembro de 2016, destaca-se, na linha das melhores práticas de governance' a alteração da estrutura de administração e fiscalização do Novo Banco, que passa a ser composta por um conselho de administração - compreendendo agora um chairman, função que será assumida por Rui Cartaxo", refere a instituição financeira.
"A comissão executiva continua a ser liderada por António Ramalho", refere, acrescentando que foram ainda aprovados como órgãos de fiscalização uma comissão de auditoria e um revisor oficial de contas.
Nascido em 1952, Rui Cartaxo era até agora consultor do conselho de administração do Banco de Portugal, tendo sido responsável pelo grupo de trabalho que fez o livro branco da regulação.
Licenciado em economia pelo ISEG, Rui Cartaxo assumiu cargos de gestão em algumas das maiores empresas portuguesas do sector das telecomunicações e energia, nas duas últimas décadas.
Foi presidente executivo da REN entre 2009 e 2014, depois de, entre outras funções, ter sido administrador executivo da Transgás, da Galp Energia, da Galp Espanha e ainda da REN.
Na área das telecomunicações, teve o cargo de administrador financeiro (CFO) da 'holding' que promoveu a fusão da Telecom Portugal, TLP e Marconi, tendo ainda coordenado o IPO [sigla inglesa para oferta pública inicial] da Portugal Telecom, a primeira operação de dispersão de capital de uma empresa portuguesa nos mercados internacionais.