No Verão de 2016, o fotógrafo Jamèl van de Pas embarcou numa viagem de 18 dias entre Berlim, Praga e Budapeste de comboio. No bolso, levava uma pequena câmara mirrorless; no olhar, a sua intuição. O livro Berlin, Prague, Budapest, editado agora pela Unknown Books, mostra as ruas que calcorreou, os strip clubs obscuros em que se aventurou, um ou outro encontro sexual fortuito, tudo a preto e branco, tudo à queima-roupa. Com apenas 18 anos, o holandês é autor de uma assinatura monocromática singular, tendo sido seleccionado como um dos cem melhores fotógrafos holandeses emergentes em Setembro de 2015, três meses depois de comprar a sua primeira câmara. "O Jamèl é um fotógrafo que não está preso em tradições, que, apesar da sua juventude, foi privilegiado com um certo sentido de percepção, com a visão necessária para se exprimir directamente, violentamente e, muitas vezes, ferozmente", escreve Miguel Oriola na introdução do livro que é lançado dia 31 de Março, em Madrid, na sua próxima exposição. "Para ele, cada fotografia é uma examinação da vida."