Fotografia
“Lugar de mulher é onde ela quiser”
Foi promovido pelo Festival Feminista — que até 30 de Março vai debater "resistências e re(existências)" no Porto — e juntou dezenas de pessoas nas ruas da cidade do Dia Internacional da Mulher. Mais elas mas também eles (porque, como dizia um cartaz ali vislumbrado, não é preciso ser mulher para ser feminista). Casais, vários, crianças também. Queriam "abanar as ruas" da cidade, como aconteceu em vários pontos do país, "em solidariedade com todas as vítimas e resistentes do partriarcado" e juntaram cartazes com palavras de ordem, músicas e sons de tambores para o fazer. "Lugar de mulher", sublinhava-se num dos cartazes captados pelo fotógrafo Mário Teixeira (@formascriticas no Instagram) "é onde ela quiser". Partiram da estação de metro da Trindade e seguiram numa arruada feminista pela baixa, "contra a misoginia, o machismo e todas as formas de violência de género, tais como a violação, a violência doméstica, o racismo, a transfobia e a lesbofobia", lê-se no site do evento que pediu "cravos em vez de rosas". "O primeiro Dia Internacional da Mulher foi celebrado em 1909 nos Estados Unidos, em memória do protesto das operárias da indústria do vestuário de Nova York contra as más condições de trabalho." E mais de um século depois continua a ser necessário assinalar a data, acreditam: "Não para enaltecer a beleza e graça femininas, mas para se afirmar como um dia de luta das mulheres trabalhadoras pelo reconhecimento dos seus direitos à igualdade de condições sociais, que incluem trabalho, remuneração digna, e muito mais". Num resumo escrito em letras garrafais: "Girls just wanna have fundamental rights" ("As mulheres só querem ter direitos fundamentais").