Em defesa da Europa
Esta crise tem uma solução que exige uma coligação pró-europeia no Parlamento Europeu, entre o Grupo do Partido Popular Europeu e a Aliança dos Democratas e Liberais pela Europa.
A Europa está em crise. Os nacionalistas e os populistas, tais como a Frente Nacional ou a Alternativa para a Alemanha, querem implodir a União Europeia (UE). No plano externo, são os ataques cibernéticos, as campanhas de desinformação e as notícias falsas provenientes do Kremlin que nos destabilizam diariamente.
Temos de combater esta crise com todo o vigor, não através da proteção do status quo ou dos nacionalismos do início do século XX, mas sim com novas iniciativas comuns. Atualmente, os Governos da UE são incapazes de superar as suas diferenças e almejar objetivos comuns. É por isso que tomamos a iniciativa, para construir uma Europa melhor.
Embora esta seja a Europa mais livre, mais social e economicamente mais forte que já existiu, queremos preservar e melhorar o que já alcançámos, mas também responder eficazmente aos grandes desafios atuais da segurança e do terrorismo, da globalização e da migração.
Chegou o tempo da Europa amadurecer. O Presidente Trump obriga-nos a ser mais autónomos e a desenvolver uma verdadeira comunidade europeia de defesa. Quanto à crise migratória, queremos auxiliar os refugiados, mas temos de estancar a migração ilegal, gerindo e protegendo eficazmente as nossas fronteiras externas através do reforço da Guarda Europeia Costeira e de Fronteiras.
Os atentados terroristas em Bruxelas, Paris, Nice e Berlim revelaram que a cooperação entre países da UE é insuficiente. O Parlamento Europeu necessita de constituir uma comissão para esclarecer e corrigir o que falhou. Os estados membros da UE devem alargar a sua cooperação através de uma lista comum de potenciais terroristas e dotar a Europol com competências de investigação próprias.
Temos de fazer mais para impulsionar a economia e combater o elevado nível de desemprego, em particular a Sul da UE. Queremos acelerar a concretização do mercado interno europeu e da união da energia. Planeamos ratificar, já em Fevereiro no Parlamento Europeu, o acordo comercial CETA entre a UE e o Canadá.
Nesta fase de crescente digitalização e globalização, o comércio transfronteiriço tem de se realizar dentro de regras aplicáveis a todos, promovendo a justiça tributária, a coesão social e o combate à burocracia.
Recordemos os valores comuns que partilhamos na UE: a democracia, o Estado de direito, os direitos fundamentais e o objetivo de promover a paz e a prosperidade. O aniversário dos Tratados de Roma é uma boa ocasião para uma avaliação honesta da Europa e também de uma discussão sem reservas sobre o seu futuro.
A Europa está em crise. Mas esta crise tem uma solução que exige uma coligação pró-europeia no Parlamento Europeu, entre o Grupo do Partido Popular Europeu e a Aliança dos Democratas e Liberais pela Europa. Juntos, defenderemos o modo de vida europeu.