Construído no início da década de 1940, em Lisboa, o Bairro do Caramão da Ajuda situa-se numa encosta voltada para o Tejo. As moradias, em banda, têm dois pisos e dois quintais — um na frente, mais pequeno, e outro nas traseiras, maior. “Foi desenhado para representar pequenas aldeias que proporcionavam, em estilo de adaptação, um tipo de vida semelhante ao que estavam habituadas as classes sociais mais baixas que os ocuparam na data da sua construção”, lê-se na descrição do ArchDaily. A habitação aqui apresentada — com fotografias de Francisco Nogueira — sofreu obras de recuperação pensadas pelo ateliê de arquitectura phdd, sediado em Lisboa. A ideia do projecto foi “adaptar a construção existente a uma moradia contemporânea respeitando a morfologia do edifício e o alçado característico”. Os dois quintais assumem um papel ainda mais preponderante, funcionando como elemento de continuidade do interior. No piso térreo, onde se localiza a entrada da casa, ficam as salas de estar e de jantar e a cozinha; na cave, há uma casa de banho e um escritório voltado para o pátio; e no piso superior há espaço para os quartos e uma outra casa de banho. A adição de dois volumes sobre o logradouro resolveu “o problema dos espaços com áreas muito pequenas que caracterizam as moradias destes bairros” e conferiu à casa um ambiente ainda mais “clean” e confortável.