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Que tesouros esconde o rio Tamisa?
Primeiro, é preciso que a maré baixe. Depois, há que saber onde procurar. “Se estivermos num campo aberto pode demorar um dia inteiro, mas aqui no rio conseguimos restringir a busca a uma ou duas horas”, conta Nick Stevens. Ele é um mudlark: um dos apaixonados por História e Arqueologia que escavam a lama do rio Tamisa em busca de relíquias: moedas, peças de cerâmica, artefactos, ou objectos do dia-a-dia de há muitos séculos atrás. A actividade é, de resto, histórica no rio Tamisa e remonta ao século XVIII, numa altura em que os escavadores procuravam peças para vender.
Muitos confiam apenas na sua visão e instinto, outros recorrem à utilização de detectores de metais – devidamente autorizados pela Autoridade do Porto de Londres – para chegar mais rapidamente aos pequenos tesouros. A "missão" é levada a sério: existe uma sociedade restrita de Mudlarks do Tamisa, que conta apenas com doze membros detentores de licenças oficiais para explorar áreas específicas das margens do rio. Todas os achados têm de ser reportados às entidades oficiais e qualquer objecto com mais de 300 anos deve de ser registado.