Comité do Senado aprova relatório que propõe destituição de Dilma
Relatório segue agora para o plenário do Senado, onde será votado na terça-feira.
Com 14 votos a favor e cinco contra, os senadores que integram o comité especial do Senado brasileiro sobre o impeachment de Dilma Rousseff aprovaram nesta quinta-feira o relatório que propõe a continuação do processo de destituição da Presidente brasileira.
O relatório segue agora para o plenário do Senado, onde vai ser votado na terça-feira: são necessários 41 votos dos 81 senadores, para se iniciar a fase de julgamento.
O relatório do comité especial do Senado, elaborado por Antonio Anastasia, do PMDB, diz que existem provas “por acção directa ou omissão, de que houve crime de responsabilidade nos dois casos em que é acusada”, sendo eles “a abertura de créditos suplementares sem autorização do Congresso Nacional e as pedaladas fiscais, que são atrasos nos pagamentos de valores devidos a bancos e fundos públicos”.
O advogado de Dilma, José Eduardo Cardozo, por sua vez, repetiu que não há provas contra a Presidente que está suspensa de funções desde Maio e acusou Antonio Anastasia de ter elaborado um texto por "paixão partidária".
Se o relatório for aprovado pelo plenário do Senado, realizar-se-á então o julgamento final, que deverá começar entre 25 e 29 de Agosto, e que terminará com uma votação no Senado, em que são necessários dois terços dos votos (54 dos 81 senadores) para destituir Dilma. Se a votação ficar aquém dos dois terços, Dilma retomará funções como Presidente.