“Queres treinar um Pokémon a sério?” Ajuda um animal abandonado

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E que tal caçar animais a sério em vez de virtuais? A associação Animais de Rua inspirou-se na "febre" do jogo Pokémon Go para lançar uma campanha de sensibilização para a realidade dos animais silvestres ou abandonados. Aqui, ao contrário do jogo, não há Pokédex para completar: "Não tens de os apanhar a todos. Só tens de ajudar um". Para a acção, que decorreu nas ruas do Porto, foram colocados cartazes em PokeStops, locais que os jogadores têm de visitar para recolher elementos necessários para o jogo, com mensagens que mostram que há "amigos a sério" que "não são um jogo" e precisam mesmo de ajuda, como refere a associação no Facebook. Entre perguntas como "queres treinar um Pokémon a sério?" ou "queres um amigo mais quente do que o Charizard?" pode-se conhecer o Rodriguinho, o Robin, a Zara e o Bones, patudos que estão à procura de uma nova vida. As mensagens são acompanhadas do respectivo site onde se pode apadrinhar e adoptar animais e do número solidário, através do qual se pode contribuir com uma simples chamada. É que, lá está, estes Pokémons "são a sério". Esta não é a primeira campanha que se recorre ao jogo de realidade aumentada para falar de um assunto grave. O Exército Livre da Síria lançou esta semana uma iniciativa internacional em que apela às pessoas que resgatem as crianças sírias como fazem com as personagens do Pokémon Go. E convém mencionar que também entre os animais a aplicação já fez história (feliz): nos EUA, dois jogadores encontraram 27 animais abandonados enquanto jogavam. Por cá, já há quem cobre dinheiro para passear pokémons e "chocar ovos", quem os apanhe em festivais de música e a PSP lançou até um manual com regras para caçar estes animais virtuais em segurança — é que a aplicação, que não é consensual, já fez vítimas.