Spot Real, parkour e uma piscina de esponja

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Rolamentos, saltos de gato, passagem e meia volta. Já há uma academia — e uma piscina de esponja — onde podes aprender e testar os movimentos base de parkour, um espaço "indoor" para progredir e desbloquear aquelas manobras que lá fora, na rua e "sem rede" parecem impossíveis de conseguir. "O nosso cérebro trabalha ao nível de rotinas", explicou ao P3 Nuno Santos, um dos quatro sócios (com Angelo Morais, Ricardo Jorge e Hilário Freire) da Academia Spot Real, em Marvila, Lisboa. "De manhã, quando nos levantamos não pensamos que vamos caminhar. Na Academia — a primeira do género no país — facilitamos os processos, aprendemos rotinas e desbloqueamos barreiras". Foi precisamente isso que o quarteto fez quando, depois de muitas buscas e depois de muitas rendas milionárias, encontrou, arrendou e recuperou um dos armazéns vinícolas Abel Pereira da Fonseca: desbloquearam barreiras — com as próprias mãos. O espaço, "completamente degradado", estava recheado de ninhos (pombas e um gato mortos), paredes levantadas fora do sítio, muros a cair e até um "boca de sapo" estacionado e camuflado entre o entulho. "Não temos medo de trabalhar", sublinha hoje Nuno, já com a Academia a funcionar, com cerca de 30 pessoas inscritas e com a comunidade de parkour muito receptiva.