António Sampaio da Nóvoa assegura que criará um “Conselho de Jovens pelo Futuro” caso chegue à Presidência da República. O candidato explica que este grupo seria composto por jovens das universidades, dos politécnicos e dos centros de ciência, por jovens profissionais das empresas e das organizações e associações mais dinâmicas e inovadoras. O objectivo seria “promover as melhores práticas, que defina horizontes de futuro”.

“Precisamos de criar as condições para levar o conhecimento às empresas, para que os nossos jovens qualificados tenham as oportunidades que merecem e não sejam forçados ao destino da emigração. Não são os jovens que precisam de Portugal, é Portugal que precisa das oportunidades que só os jovens podem dar”, argumenta o candidato presidencial, numa mensagem de Ano Novo enviada para as redacções.

Sampaio da Nóvoa insiste que as “sociedades avançadas do mundo, as que revelam maiores níveis de igualdade social, de justiça social, são justamente aquelas que apostam na educação e no conhecimento” e alerta para que não se adie mais o investimento nos jovens: “No tempo do Ano Novo formulam-se desejos, declaram-se intenções, e é bom que assim seja. Mas se ficarmos à espera, daqui a um ano, estaremos a repetir as mesmas palavras”.

O ex-reitor da Universidade de Lisboa condena ainda a política de “táctica a mais e estratégia a menos, de curto prazo a mais e compromissos de longo prazo a menos” da política portuguesa. Nóvoa diz não querer dirigir-se aos portugueses “para fazer promessas”, porque estão “todos cansados de ilusões e de fingimentos”, mas sim “assumir compromissos. A começar com um compromisso com os jovens, porque é neles que está o futuro”.

“O Ano Novo está aí. Mas só será um tempo novo se formos nós a fazê-lo, porque ninguém o fará por nós”, conclui o candidato presidencial às eleições de 24 de Janeiro. Texto editado por Leonete Botelho