25 portugueses mais ricos reúnem 8,5% da riqueza nacional

Américo Amorim continua a deter a maior fortuna de Portugal.

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A fortuna de Américo Amorim está avaliada em 2,5 mil milhões de euros Pedro Maia

A riqueza deste grupo ascende a 14,7 mil milhões de euros (14,3 mil milhões em 2014), o que equivale a 8,5% do Produto Interno Bruto português de 2014. A maior fatia desta quantia está concentrada nos primeiros quatro lugares da tabela.

No topo da lista elaborada pela revista Exame, não há alterações significativas. Américo Amorim continua a ser o homem mais rico do país, Alexandre Soares dos Santos permanece na segunda posição e Belmiro de Azevedo mantém o terceiro lugar. Em quarto está a família Guimarães de Mello, também no mesmo lugar que no ano anterior.   

A única diferença está no número de milhões de euros acumulados pelos empresários. Apesar de se manter à cabeça da lista, o dono da Corticeira Amorim vê a sua fortuna diminuir, tendência seguida pela família Guimarães de Mello. No sentido inverso, as fortunas de Soares dos Santos e de Belmiro de Azevedo seguem uma trajectória ascendente. 

Amorim não é estranho no topo da lista, posição que já tinha ocupado entre 2008 e 2011, voltando a ser o homem mais rico do país em 2013 e mantendo o título desde então.

Com uma fortuna avaliada em 2,5 mil milhões de euros, a revista calcula que, apesar de manter a posição, este número tenha baixado dos 3,3 mil milhões contabilizados no ranking anterior.

No entanto, a fórmula de cálculo da lista que é elaborada há 11 anos contabiliza a venda da participação de 25% que detinha no banco BIC como sendo um “desinvestimento na banca”, mas não tem em conta a quantia recebida pelo empresário. A queda da cotação da Galp Energia em bolsa, da qual Amorim é presidente do conselho de administração, também contribuiu para que a Exame lhe subtraísse perto de 800 milhões.

A publicação calcula que tanto a fortuna de Soares dos Santos como a de Belmiro de Azevedo tenham subido 100 milhões no último ano devido à valorização em bolsa das suas acções. O dono da Jerónimo Martins (que detém a cadeia de supermercados Pingo Doce) viu a riqueza atingir os 1,8 mil milhões. O fundador do grupo Sonae (empresa detentora do PÚBLICO), que tem negócios no comércio a retalho e telecomunicações, aumentou a fortuna para os 1,4 mil milhões.

Ao acumular 1,18 mil milhões de euros, a família Guimarães de Mello, detentora de investimentos no Grupo José de Mello, Brisa, CUF, Efacec e EDP, regista uma ligeira queda nos 1,2 mil milhões verificados em 2014.

O grupo dos dez mais ricos perdeu os donos da Mota-Engil. António Mota e as irmãs caíram da sexta posição onde estavam em 2014 devido à queda da cotação da empresa de construção em bolsa.

Em 2014, a família Espírito Santo saiu pela primeira vez da lista em dez anos de estudo. Depois da crise do Grupo Espírito Santo (GES), Maria do Carmo Espírito Santo Silva, maior accionista do grupo e que ocupou em 2013 a 10.ª posição, deixou a lista dos mais ricos elaborada pela revista.

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