Polícia israelita entra na Mesquita Al-Aqsa em Jerusalém

Área está interdita às preces dos judeus, mas os mais ortodoxos não desistem de tentar. Muçulmanos reagem com fúria.

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Polícias israelitas detêm mulher palestinana AHMAD GHARABLI/AFP

É muito raro as autoridades israelitas penetrarem nesta mesquita, o terceiro lugar santo do Islão, situado na Cidade Velha de Jerusalém. A Esplanada da Mesquitas, como os judeus chamam ao Monte do Templo, que consideram o seu primeiro lugar santo, rege-se por uma regra herdada do conflito entre Israel e a Palestina de 1967: embora judeus e muçulmanos possam visitar o local, os judeus não têm o direito de ali rezar.

Mas na madrugada de sábado para domingo, começou o Tisha B'Av, que no calendário judaico marca a destruição dos dois templos judaicos que existiam na esplanada – e da qual o Muro das Lamentações é o último vestígio.

Milhares de judeus juntam-se frente ao Muro das Lamentações, mas outros, mais radicais, tentam penetrar na zona que se lhes é interdita se vierem para rezar.

Por isso surgem os conflitos, que este domingo começaram bem cedo e se prolongaram durante todo o dia. Fotos divulgadas pela polícia israelita mostram portas em madeira da mesquita arrancadas, tapetes e pedras em desordem por todo o lado. Pelo menos três pessoas que atiravam pedras – muçulmanos – foram presas, e haverá quatro polícias ligeiramente feridos.

A Jordânia, que é a guardiã deste lugar santo do Islão, denunciou “as violações israelitas recorrentes do local sagrado, uma provocação que fere os sentimentos dos árabes e dos muçulmanos (….) e que tem por objectivo desencadear novas hostilidades”.


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