UMP de Sarkozy chama-se agora Os Republicanos

Sondagem indica que 72% estão contra a possibilidade de uma recandidatura do ex-Presidente francês.

Foto
O ex-Presidente está a lançar a sua nova “máquina de guerra” STEPHANE DE SAKUTIN/AFP

A mudança de nome foi aprovada por votação electrónica dos militantes da UMP, partido criado em 2002, e a cuja liderança Sarkozy regressou em Novembro de 2014. A sigla passa a ser um R estilizado tricolor.

A decisão foi aprovada por 83%, mas na votação participaram apenas 45% dos mais de 210 mil militantes.

Inquietos por verem o partido de centro-direita reivindicar o que entendem ser um valor comum, partidos e organizações de esquerda avançaram com uma acção judicial, que um tribunal rejeitou há dias.

“‘Republicanos” não é apenas o novo nome de um partido. É o grito de guerra de todos aqueles que sofrem por ver a República recuar diariamente e que querem opor a esse recuo uma recusa determinada”, escreveu Sarkozy num apelo divulgado na Internet, na véspera do congresso deste fim-de-semana.

Nicolas Sarkozy, que se retirara da política após a derrota para François Hollande nas presidenciais de 2012, regressou apostado em reconquistar a presidência, intenção que é também atribuída a figuras como o ex-primeiro-ministro Alain Juppé.

Chefe de Estado entre 2007 e 2012, Sarkozy lançou a reforma de um partido que se vinha afundando em querelas internas e casos judiciais e financeiros. Ele próprio foi chamado a prestar contas sobre assuntos como as despesas da sua campanha, mas tem-se sempre declarado alheio a qualquer comportamento ilícito.

Para além da mudança de nome, o congresso da “refundação” aprovou este sábado uma reforma dos estatutos, apoiada por 96% dos delegados, e elegeu uma nova equipa dirigente – votada favoravelmente por 95%.

O diário Le Monde escreveu que o ex-Presidente está a lançar a sua nova “máquina de guerra”. Mas se o objectivo é voltar ao Palácio do Eliseu, o caminho parece longo. Terá de convencer os franceses dos méritos de uma sua candidatura. Uma sondagem divulgada este sábado pelo jornal Le Parisien indica que 72% dos franceses estão contra essa possibilidade.

Sugerir correcção
Comentar