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PZ voltou com mensagens da nave-mãe
É pop. É techno. É hip hop. Ou será um cruzamento de tudo isto com “non sense” à mistura? Sem o seu pijama, PZ não se esforçou por se definir até porque não sabe fazê-lo. Também não sabe explicar como passou do anonimato ao lugar onde está hoje. Mas confessa que ainda gosta de realizar no seu conforto, “sem ninguém a ver”. Mas como é que nasce a sonoridade tão própria de Paulo Zé Pimenta? Muitas vezes, o "beat" atropela a letra — não se sabe bem o que apareceu primeiro. Outras vezes, lembra-se de uma expressão que funciona bem naquele “momento chave” como foi o caso de êxitos como “Croquetes” ou “Cara de Chewbacca”. Com um tom irónico assumido e intencional, Paulo não esquece a análise critica que está presente em muitos dos seus trabalhos: “É preciso não nos levarmos tão a sério”, confessa ao P3. Para além de gostar de “gozar” com ele próprio, procura, através do exterior, criar a sua própria versão do que é a realidade e, tantas vezes, do que também não é: dos croquetes, passando pelo dinheiro até à neura que a rotina pode criar, o jovem artista já conta com uma mão cheia de êxitos e milhares de visualizações no YouTube. Mas atenção, não tem medo de fugir do seu universo musical – que é indefinido de raiz - e de experimentar coisas novas; depois de dois álbuns “completamente diferentes”, chega “Mensagens da nave-mãe” que continua a espelhar a realidade de uma forma tão irónica quanto crua. Com 12 temas que partem inteiramente do seu imaginário, e já com singles como “Dinheiro” ou “Neura”, PZ põe de lado os rótulos e mostra que é possível aliar qualquer tipo de música enquanto disserta sobre as coisas mais mundanas que existem. E mais, que pode resultar. Este sábado, dia 30 de Maio, às 15h, podes ouvi-lo no Serralves em Festa.