É uma das mais conhecidas peças de Leonardo Da Vinci, mas, se pensarmos bem, a Mona Lisa não é mais do que uma fotografia tipo passe com paisagem ao fundo, um quadro pequeno e simples, que se perderia na imensidão da parede de um museu. Mas ele acaba por ser uma espécie de bilhete de identidade da própria. Esta relação entre indivíduo e espaço é explorada pelos muitos artistas plásticos convidados a participar na exposição Homeless Monalisa, que inaugurou esta sexta feira, dia 17, no Colégio das Artes, na Universidade de Coimbra, e que está inserida na semana cultural que assinala os 725 da Universidade. Com curadoria de António Olaio, Jorge Figueira e Pedro Pousada, o resultado é uma reflexão sobre a arquitectura e as artes plásticas, um encontro entre a fruição estética e a funcionalidade dos objectos (alguém falou em design?), que conta com trabalhos de David Maranha, Marco Pires, Ana Peres Queiroga, Pedro Tudela, Miguel Leal e muitos outros. Esta exposição marca também o relançamento da revista digital com o mesmo nome — “Que contem textos de reflexão sobre esta relação entre o indivíduo e o espaço, mas que ainda não tem pelo menos para já, paralelo com os trabalhos que estarão expostos no Colégio das Artes”, explica António Olaio ao P3. Para ver a partir desta sexta feira, todos os dias, até 30 de Maio.L.P.