Geoparques devem servir de alavanca das regiões
Em Portugal há quatro geoparques classificados pela UNESCO mas ainda é dada pouca importância ao seu valioso património geológico.
"Valorizar o que é nosso desde pequeninos” foi o mote do seminário do Fórum Português de Geoparques que se realizou nesta sexta-feira em Macedo de Cavaleiros, cidade que integrou o mais recente geoparque da rede da UNESCO - o de Terras de Cavaleiros.
“Os geoparques não são só aquelas rochas engraçadas. Aquelas rochas contam-nos imensas histórias”, explica Sílvia Marcos, coordenadora executiva da Associação Geoparque Terras de Cavaleiros. “E não são apenas pedras, são também as pessoas que habitam no território e, por isso, deve-se promover a cultura, as tradições, a indústria local e os produtos artesanais”, acrescentou a coordenadora do Fórum Português de Geoparques, Elizabeth Silva.
A aposta nos geoparques pretende levar mais pessoas à região transmontana através da dinamização de programas turísticos ligados a esta temática, programas educativos junto das escolas e das instituições de ensino superior e, também, dos agentes locais.
Depois da classificação pela UNESCO dos geoparques Naturtejo, Arouca e Açores, o de Terras de Cavaleiros pretende, agora, “captar investimentos através de decisores politicos e entidades privadas”, explicou Elizabeth Silva. “Temos de saber vender a marca UNESCO colada à palavra Geoparque”, garantiu. Mais do que uma área com um património geológico extraordinário, os geoparques devem ser encarados como “uma marca global de qualidade”, tanto para o crescimento do turismo sustentável. “É crucial que as comunidades locais se envolvam neste projecto e que percebam a evolução da paisagem que os rodeia”, acrescentou.