Inundações mataram 84 pessoas em Moçambique

Na província da Zambézia, onde a situação provocada pelas fortes chuvadas da semana passada é mais crítica, houve 62 mortes.

A situação mais crítica é a da província da Zambézia, no centro, onde houve 62 mortes. A maioria das mortes foi causada por arrastamento pelas águas, descargas eléctricas ou desabamento de casas.

O balanço, noticiado pela agência AIM, foi apresentado na terça-feira na primeira reunião do Conselho de Ministros do novo Governo.

A agência quantifica o número de famílias afectadas em 90.463, número que corresponderá ao de 137.814 pessoas avançado à AFP pelo porta-voz da equipa humanitária das Nações Unidas Unidas em Moçambique, Pasquale Capizzi. Cerca de 50.000 pessoas foram alojadas em 43 centros de abrigo temporário.

Os dados do Instituto Nacional de Gestão de Calamidades divulgados pela AIM indicam que mais de 10 mil casas e quase 400 escolas foram destruídas pelas inundações, principalmente na Zambézia. A forte precipitação provocou uma subida das águas do rio Licungo para um nível que, segundo o jornal Notícias, não era atingido desde 1971.

Cinco helicópteros, três deles das Forças Armadas sul-africanas, estão a transportar ajuda humanitária, principalmente alimentação e medicamentos, para as pessoas afectadas. “Algumas zonas isoladas dessa província são de difícil acesso, porque as infra-estruturas rodoviárias e as pontes foram destruídas”, disse Pasquale Capizzi.

As águas têm vindo a baixar nos últimos dias, mas Moçambique está a viver a época da chuvas e estão previstas precipitações fortes nas próximas semanas. A queda de postes de alta tensão criou problemas de abastecimento de energia no centro e no Norte que poderão demorar semanas a resolver.

No vizinho Malawi, as inundações fizeram pelo menos 176 mortos e afectaram 200 mil pessoas.

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