Boko Haram rapta mais 40 rapazes no nordeste da Nigéria
Grupo radical islamista pretende criar estado islâmico.
A notícia foi dada por um grupod de aldeãos de Malari, em Borno, que relataram o ataque quando chegaram à capital estadual, Maiduguri, na noite de sexta-feira.
“Eles chegaram armados, em carrinhas de caixa aberta, e reuniram todos os homens à volta da casa do chefe da aldeia. Separaram os nossos rapazes e levaram-nos", disse uma testemunha, Muhammad Bulama, à agência AFP.
Malari fica a 20 quilómetros da cidade de Gwoza, que foi ocupada pelo Boko Haram em Junho, quando autoproclamaram um "califado". Estima-se que os islamitas controlem grandes parcelas de Borno e várias vilas e aldeias noutros dois estados do nordeste, Adamawa e Yobe.
“Os meus dois filhos e três sobrinhos estavam entre os que foram levados e acreditamos que foram buscá-los para os usarem como recrutas”, disse Muhammad, que identificou os atacantes como membros do grupo radical islâmico.
No ano passado, em Abril, o Boko Haram raptou 200 raparigas de uma escola em Chibok, também em Borno; o seu paradeiro continua desconhecido. Só em 2014, perto de duas mil pessoas forma mortas por este grupo extremista no nordeste da Nigéria. Nos cinco anos de actividade armada do grupo, 13 mil pessoas morreram.
O Boko Haram foi criado em 2002 e opõe-se à educação ocidental. Em 2009 lançou uma operação armada pela criação de um estado islâmico na Nigéria.