Segundo o Comando Distrital de Operações de Socorro de Portalegre, o alerta para o acidente foi dado às 10h55. As vítimas mortais da queda do helicóptero, dois homens com idades entre os 25 e os 30 anos, eram os seus dois ocupantes. De acordo com a mesma fonte, o óbito foi confirmado no local pelo INEM. 

O helicóptero que se despenhou, em circunstâncias ainda por apurar, estava ao serviço da G Air Training Centre, uma escola de treino e formação aeronáutica cujo principal centro de formação está localizado no Aeródromo Municipal de Ponte de Sor.

Em declarações ao PÚBLICO, o administrador da empresa confirmou a queda do helicóptero, que "estaria a meio de uma aula de instrução" no momento do acidente. A bordo da aeronove, de acordo com Nelson Ferreira, seguiam um instrutor e um formando. 

"Não temos informação sobre as causas do acidente", acrescentou o administrador da G Air Training Centre. Essa mensagem é reforçada num comunicado enviado pela empresa, já perto das 14h, à comunicação social, no qual se diz: "Desconhecem-se as causa do acidente, cabendo às autoridades competentes o apuramento das mesmas, para o que contarão com a colaboração total da G Air".  

Nesse comunicado, explicita-se que o helicóptero acidentado "é um Hughes 269 em operação de instrução com um instrutor experimentado, dentro de todas as normas de segurança". Na missiva, assinada pelo gestor Eurico Pimenta de Brito, a empresa expressa ainda as suas "profundas condolências às famílias" das vítimas deste acidente.  

Segundo o vereador da Protecção Civil da Câmara de Ponte de Sor, as vítimas mortais deste acidente são um instrutor português e um aluno angolano. Em declarações à Lusa, Francisco Alexandre indicou que se desconhecem, por enquanto, as causas da queda do helicóptero.

Entretanto, o Gabinete de Prevenção e Investigação de Acidentes com Aeronaves (GPIAA) já fez saber que vai abrir um processo de investigação às causas da queda do helicóptero, num descampado na Herdade da Amieira.

“Vamos abrir um processo de investigação para apurar as causas do acidente”, disse à Lusa o director do GPIAA. “Uma equipa vai deslocar-se ao local do acidente para fazer a recolha de indícios do caso”, acrescentou Álvaro Reis, referindo que dois investigadores deverão chegar à zona “ao início da tarde”.

De acordo com dados do GPIAA, a queda de um helicóptero ocorrida esta quinta-feira fez subir para seis o número de vítimas mortais registado desde o início deste ano em acidentes com aeronaves. Em 2013 tinham-se registado duas mortes, em 2012 dez, em 2011 zero (o que de acordo com aquela entidade não ocorria há mais de uma década) e em 2010 seis.