Sonda japonesa já vai a caminho de um asteróide

Em 2020, sonda vai trazer para a Terra amostras de um asteróide para se analisar matéria orgânica e água.

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A partida do foguetão com a sonda japonesa a bordo JIJI PRESS/AFP

O foguetão descolou às 13h22 (4h22, hora de Lisboa) da base espacial de Tanegashima, com um céu azul com algumas nuvens ao fundo. Desde domingo que o lançamento foi adiado duas vezes devido às más condições meteorológicas. “A trajectória seguida pelo foguetão está de acordo com o plano de voo”, assegurou um comentador da JAXA alguns minutos após a descolagem.

No entanto, foi necessário esperar 1h47 para que a sonda Hayabusa-2 se separasse do foguetão. “A separação da Hayabusa-2 foi confirmada”, declarou uma comentadora da agência, ao mesmo tempo que o canal público de televisão japonês NHK exibiu imagens da equipa da JAXA, felicitando o seu trabalho.

A Hayabusa -2 irá agora dirigir-se ao 1999 JU3, um asteróide antigo, com uma forma mais ou menos esférica e com menos de um quilómetro de diâmetro. Espera-se que a sonda atinja o objecto em meados de 2018.

O objectivo da missão é descer com um aparelho até ao chão do asteróide para recolher uma amostra e trazê-la para a Terra em 2020. Os cientistas querem procurar água e matéria orgânica nas amostras vindas deste antigo asteróide que, se forem encontradas, poderão dar informações sobre a composição original do nosso sistema solar. Com esta informação espera-se compreender melhor a formação dos planetas e as condições que permitiram o aparecimento de vida na Terra.

“Esta missão de recolha de matéria primitiva tem o potencial de revolucionar a nossa compreensão das condições de formação dos planetas”, escreveu a equipa da JAXA que lidera o projecto.

A missão Hayabusa-2 segue-se à missão similar Hayabusa, de 2003, e beneficia de tecnologias que foram melhoradas depois das lições tiradas da primeira missão, que teve vários problemas. A sonda Hayabusa só voltou à Terra em 2010, depois de uma epopeia de sete anos no espaço.

 

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