Junta de Campolide, em Lisboa, alerta para vandalização do Aqueduto das Águas Livres

No Bairro da Calçada dos Mestres, os pilares enchem-se de grafitti.

Foto
Pedro Cunha

Esta situação acontece no Bairro da Calçada dos Mestres, que assim se denomina porque foi onde os mestres pedreiros começaram a fazer o troço sobre o Vale de Alcântara (que une Campolide a Monsanto), explicou André Couto.

O autarca referiu que esta é uma zona pouco povoada, que está distante do centro da cidade de Lisboa e que, não sendo tão iluminada, é propícia a actos de vandalismo.

De acordo com o responsável, esta é ainda “uma das zonas mais caras de Lisboa, com uma vista fabulosa sobre a cidade” e na qual algumas casas chegam a custar um milhão de euros.

A falta de manutenção do jardim é outro dos problemas que, em conjunto com os ‘graffiti’, levam a que o aqueduto esteja “mal tratado”, afirmou André Couto.

O Bairro da Calçada dos Mestres é visitado por muitos turistas, pelo que a Junta de Freguesia quer alterar a imagem de “degradação em termos de espaço público”, não só para os visitantes, como também para os moradores.

Para isso, começou na semana passada uma campanha de sensibilização e de limpeza, que será feita em parceria com o Museu da Água.

No que toca à higiene, vai ser ali colocado um produto anti-graffiti, que visa tornar a “limpeza mais fácil e económica”, assinalou André Couto.

Para a sensibilização, serão usados os meios de comunicação da freguesia, que promoverão a “beleza” daquela zona, de modo a reabilitá-la, defendeu.

O Aqueduto das Águas Livres foi construído no século XVIII, para resolver o problema de abastecimento de água na cidade de Lisboa.

Funcionou até 1967 e em 1910 foi classificado como Monumento Nacional.

No que toca ao troço sobre o Vale de Alcântara, o percurso tem 941 metros de comprimento.