Ninguém ficou satisfeito: A Austrália por não ter conseguido vencer em casa; a Nova Zelândia por falhar o 18.º triunfo consecutivo que estabeleceria um novo recorde; os espectadores e telespectadores porque o duelo entre Wallabies e All Blacks ficou muito aquém das expectativas e por a qualidade do jogo ter ficado muito longe de ser brilhante.

A partida resultou numa enorme desilusão e a chuva que caiu em Sidney não justifica o mau jogo de ambas as selecções, embora no final o empate até acabe por ser um mal menor para os neozelandeses. Num confronto com erros constantes de ambos os lados, os All Blacks usaram e abusaram do jogo ao pé, uma estratégia que não trouxe grandes proveitos à selecção de Steve Hansen.

Após dois anos e meio apenas com vitórias, a Nova Zelândia procurava no ANZ Stadium tornar-se na primeira selecção do Tier 1 a alcançar 18 triunfos consecutivos, mas a indisciplina (dois cartões amarelos) e algumas opções erradas impediram os All Blacks de voltarem a fazer história.

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Apesar de terem terminado os primeiros 40 minutos com uma vantagem de 9-3 (três penalidades de Cruden contra uma de Beale), os neozelandeses nunca convenceram. Com “risco zero” no ataque (os All Blacks terminaram o jogo com apenas 88 passes, quase metade dos realizados pelos australianos), os campeões do mundo, mesmo jogando mal, pareceram sempre ter a vitória ao seu alcance, mas a exclusão de Barrett nos últimos 10 minutos deixou o jogo nas mãos australianas.

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Com Beale a não convencer na posição “10” e Toomua desinspirado, os Wallabies sentiram sempre dificuldades nas formações-ordenadas e no final podem penitenciar-se por uma opção que se revelaria fatal: nos últimos cinco minutos da primeira parte, os australianos tiveram duas penalidades em posição muito favorável para chutar aos postes, mas preferiram procurar o ensaio e não somaram os pontos que fariam a diferença no marcador no final do encontro.

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