Festival decorre até sábado

O fado está instalado no Cais

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"Sabem uma das coisas que mais gosto naquilo que faço? É poder ver um mar de gente, como este, à minha frente. E ver jovens, muitos jovens, a ouvir fado. E de sorriso nos lábios". A envergar um vestido largueirão - acabado de desenrascar numa rua de Cedofeita, porque no dia anterior lhe tinham assaltado o carro, com o vestido para o espectáculo lá dentro - Gisela João não trouxe só fado ao quartel da Serra do Pilar. Trouxe histórias - as que contou, como, por exemplo, a do assalto ao carro que a ajudou a enquadrar a letra da Capicua para a música "A Nova Casa da Mariquinhas": "Estacionei-o perto de uma casa que na janela, já nem tem taboínhas". E as histórias que pediu ao público para imaginar, quando fechassem os olhos para ouvir os músicos que acompanhavam.

Gisela João fechou o primeiro dia do Festival Cais de Fado, uma iniciativa da Casa da Música que, em cojunto com a Câmara de Gaia, oferece gratuitamente quase três dezenas de concertos. Até ao próximo sábado, dia 26, este festival vai continuar a misturar patrimónios - o imaterial, que é o fado, o histórico, como é o centro do Porto e de Gaia, e o cultural como é o vinho do Porto, produzido na paisagem do Douro Vinhateiro. E a misturar proveniências: eram muitos os turistas, mas são ainda mais os locais. E a tirar o Fado das salas tradicionais para lhe dar a melhor vista de todas. Consulta o programa, lê as nossas dicas, e faz-te à festa no Cais. L.P.

Diogo Aranha
Diogo Aranha
Diogo Aranha
Diogo Aranha
"Fado Violado" no Espaço Porto Cruz
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Fado e flamenco dá "Fado Violado"
Fado e flamenco dá "Fado Violado"
Público no Cais
Público no Cais
Cláudia Madur no Palco Sandeman
Cláudia Madur no Palco Sandeman