Imagem do Portugal Sou Eu vai ser usada para promover país fora de portas
Selo que distingue produtos nacionais vai passar a estar nas feiras e eventos internacionais em que a AICEP participa.
Leonardo Mathias, secretário de Estado Adjunto e da Economia, disse esta quarta-feira que esta era a “peça que faltava” no projecto do Portugal Sou Eu, até agora centrado na promoção interna. “A exportação de marcas e produtos é fundamental”, disse, durante a assinatura de um protocolo entre a AICEP e o IAPMEI (dono da marca), que permite a utilizam da imagem. “A marca Portugal vai possibilitar o uso do logotipo em feiras e eventos” e permite a adesão de “pequenas e micro empresas”. A intenção é “reforçar a identidade, a produtividade e a competitividade”, afirmou.
Por seu lado, Pedro Gonçalves, secretário de Estado da Inovação, Investimento e Competitividade, disse que com o protocolo reforça-se a “criação de uma marca e de uma estratégia conjunta de internacionalização”. A intenção é estimular a participação das pequenas e médias empresas nesta estratégia de exportação, acrescentou.
Até 2015 estão previstas 457 acções de promoção externa em 41 países, de 18 sectores de actividade. As associações empresariais também poderão usar a marca Portugal, tal como as empresas que querem vender ao estrangeiro os seus produtos.
Selo em 2043 produtos
Para este ano, o projecto Portugal Sou Eu tem um orçamento de 3,9 milhões de euros, cerca de 40% dos quais já foram gastos na campanha mediática que arrancou em Fevereiro e que teve, em Junho, uma segunda fase. De acordo com Miguel Cruz, presidente do IAPMEI, não há um investimento específico para a marca Portugal. O Compete financia 85% das verbas.
Actualmente, há 2043 produtos com o selo Portugal Sou Eu, mais 664 do que no final de 2013. A grande maioria são bens alimentares, mas a intenção é alargar a classificação ao sector dos serviços. Miguel Cruz preferiu não avançar com estimativas de adesões para este ano.
O selo que veio substituir o “Compre o que é Nosso” - criado em 2006 pela Associação Empresarial de Portugal - só é concedido a produtos que tenham uma incorporação nacional nos seus custos de produção de peso igual ou superior a 50%. Para aderirem, as empresas têm de candidatar individualmente cada produto e calcular essa percentagem através de uma matriz definida pelo Instituto Português da Qualidade. Na lista dos aderentes estão, por exemplo, a McBifana, da multinacional norte-americana McDonald’s, os chocolates Imperial ou os molhos da Paladin.
Este programa foi aprovado em Conselho de Ministros em 2011, mas só em Dezembro de 2012 foi formalmente apresentado às empresas.