Criação do Dia do Peregrino divide bancada do PS
Proposta avançada pelo CDS passou com os votos da coligação.
O texto justifica a criação do Dia do Peregrino como uma iniciativa que "dignificará o papel do peregrino na construção da sociedade portuguesa". Mas 26 deputados socialistas abstiveram-se, contrariando o sentido de voto da sua bancada, entre eles Jorge Lacão, Pedro Silva Pereira, Pedro Nuno Santos, Ferro Rodrigues, Ana Catarina Mendes, Eduardo Cabrita, e Ana Vitorino. Outros quatro deputados - Pedro Delgado Alves e Marcos Perestrello, Isabel Moreira e Sérgio Sousa Pinto - votaram contra o projecto.
A resolução recomenda ao Governo a instituição do Dia do Peregrino lembrando que em Portugal “existe uma forte tradição na realização de peregrinações cristãs direccionadas para os mais variados locais de culto, com destaque para aquelas que se decorrem no Santuário de Fátima, que envolve inúmeras pessoas”. A condição de peregrino “não se esgota na intenção de caminhar direcção de um lugar sagrado”, segundo o texto, defendendo que “importa também valorizar o motivo que o levou a fazer essa jornada, determinante para a sua vida, onde muitas vezes se procura o sentido da própria existência, como um percurso interior”.
Muito mais consensual – aliás unânime – foi a posição das bancadas a favor da saudação, proposta pelo CDS, pelo “valor histórico e futuro da língua portuguesa”. Nas votações desta sexta-feira, foi ainda aprovado o projecto de lei do PS que regula a promoção da transparência da propriedade e da gestão das entidades que detêm actividades de comunicação social. A proposta desce à comissão para a especialidade, em resultado da abstenção da maioria e do Bloco de Esquerda. Só o PS e PCP votaram a favor. Outro projecto de lei do BE, sobre o mesmo tema, foi chumbado com os votos contra da maioria PSD/CDS e a abstenção da bancada socialista.