Arménio Carlos liderou hoje marcha em Lisboa contra alterações laborais
"Esta é uma marcha assumida com grande firmeza e determinação. Uma hora e 15 minutos a andar para demonstrar que não estamos aqui para nos resignarmos e para aceitarmos as alterações à legislação laboral: a revisão da contratação colectiva, quer para o sector público, quer para o sector privado, porque constitui em si mesmo um elemento de retrocesso social e civilizacional", afirmou o líder da Intersindical aos jornalistas, junto ao parlamento.
Centenas de delegados e activistas sindicais que hoje participaram no Plenário de Sindicatos da CGTP iniciaram, pelas 16h10, uma marcha de protesto rumo à Assembleia da República, local onde chegaram cerca das 17h30.
A realização da marcha foi aprovada ao início da tarde no Plenário de Sindicatos da CGTP, que decorreu hoje na Voz do Operário, em Lisboa e que terminou pelas 16h, após a intervenção do secretário-geral da CGTP, Arménio Carlos, que encerrou os trabalhos.
"Este momento não é o da eternização dos cortes nos salários e nas pensões, nem da destruição da contratação colectiva, mas precisamente o inverso. Tem uma ligação directa com os direitos dos trabalhadores e com as condições de vida das suas famílias", afirmou Arménio Carlos.
A marcha de delegados e activistas sindicais ocorreu dois dias antes de terminar o prazo de discussão pública da proposta do executivo que reduz os prazos de caducidade e sobre vigência das convenções colectivas.
"Estamos aqui hoje a lutar para defender um elemento que é estruturante da democracia. Não há democracia a sério sem a efectivação da contratação colectiva e é isso mesmo que viremos dizer na sexta-feira, dia 27, aos deputados que integram a comissão de Segurança Social e Trabalho, a quem vamos entregar centenas de pareceres que recolhemos", rematou o líder da CGTP.
O Plenário Nacional de Sindicatos da CGTP reuniu-se hoje para discutir as alterações da legislação laboral relativas à contratação colectiva e decidir acções de luta para lhes dar resposta.