O dia de sábado já ia longo quando Charles Bradley, no espectacular cenário do palco ATP, nos confessava que estava cansado. Das mesmas mentiras, das mesmas pessoas, enfim, de tudo um pouco. E, naquele espectacular cenário do palco ATP, todas aquelas palavras tiveram mais força. O Primavera também é isso: um festival para fugir. No meio da cidade, sem parecer que o está. Durante três dias (mais um), o NOS Primavera Sound 2014 teve reis, 1001 faces em cima do palco, pertenceu a todos e a nenhum. Para o ano há mais. Agora, despede-se como numa carta, lida e relida umas quantas vezes, ternamente macerada pelo uso: Com amor, Primavera.