Lisboa vai ter duas semanas com “perturbações” na recolha do lixo
Apesar de o município ter acenado com a entrada imediata de mais 100 funcionários, sindicatos continuam insatisfeitos com condições de trabalho.
A 10 de Junho não haverá recolha do lixo indiferenciado por ser feriado. A autarquia apela aos munícipes para que “acondicionem bem” os resíduos e “evitem colocá-los” para remoção nesse dia, optando por fazê-lo na noite anterior.
Seguem-se três protestos: a 12 de Junho está prevista greve dos trabalhadores do município, que afectará a recolha. Para 14 está marcada uma paralisação dos funcionários da limpeza urbana, entre a meia-noite e as 5h. Entre 13 e 22 haverá greve ao trabalho extraordinário na autarquia, devendo a recolha ser afectada pelo menos duas horas por dia.
Questionado sobre se poderá haver um recuo, o dirigente do Sindicato dos Trabalhadores do Município de Lisboa Vítor Reis diz que está sempre disponível “para discutir com a câmara”, mas como os resultados das reuniões foram “insuficientes”, os representantes dos trabalhadores vão avançar. Apesar de o município ter apresentado uma proposta para entrarem no sector mais 100 funcionários, os sindicatos continuam insatisfeitos com as condições de trabalho.
Em causa está também a transferência de trabalhadores da câmara para as juntas de freguesia - que estará, segundo os dirigentes sindicais, a afectar a limpeza da cidade. Vítor Reis diz que os trabalhadores que fazem a recolha são “manifestamente insuficientes”. De acordo com Frederico Simões, da direcção regional de Lisboa do Sindicato dos Trabalhadores da Administração Local, “todos os dias ficam cerca de 15 circuitos de remoção por serem feitos e a cidade está mais suja” por causa disso.
Além da admissão "imediata" de 100 trabalhadores, o vice-presidente do município prometeu a abertura de um concurso para mais 75, no próximo ano, reforço de pessoal que estava previsto acontecer de forma mais faseada. com Lusa