Olhares sobre o golpe das Caldas, a brigada do reumático e Spínola

Os dois documentos seguintes, cedidos ao PÚBLICO pelo Centro de Documentação 25 de Abril da Universidade de Coimbra, têm em comum o facto de ambos constarem dos arquivos do MES (Movimento de Esquerda Socialista), terem origem na Guiné e terem sido produzidos a menos de mês e meio da revolução. Entre outros aspectos, distinguem-se pelas avaliações, de sentido oposto, da acção de Spínola. 

Fotogaleria

Os dois documentos seguintes, cedidos ao PÚBLICO pelo Centro de Documentação 25 de Abril da Universidade de Coimbra, têm em comum o facto de ambos constarem dos arquivos do MES (Movimento de Esquerda Socialista), terem origem na Guiné e terem sido produzidos a menos de mês e meio da revolução. Entre outros aspectos, distinguem-se pelas avaliações, de sentido oposto, da acção de Spínola. 

O primeiro, de três páginas, é um documento do MFA da Guiné, com referências ao abortado Golpe das Caldas, de 16 de Março, à manifestação de apoio à política para o Ultramar do Governo protagonizada pelas cúpulas militares - grupo que ficou conhecido entre os conspiradores como a "brigada do reumático" - e à recusa de participação nessa iniciativa por parte de Spínola e Costa Gomes.

O segundo, de sete páginas, é um documento que circulava entre milicianos na Guiné. Trata-se de um texto ideologicamente marcado, que adopta um quadro de análise marxista da situação e que é particularmente crítico das práticas e soluções preconizadas por António de Spínola na Guiné.