Fanny Ardant é uma actriz mais que estimável, mas não é por aí que lhe perdoaremos o equívoco lamentável de Cadências Obstinadas, a sua segunda realização. A força de vontade e o desejo de cinema de Ardant são inegáveis, mas o estilo (muito cinéma de look 1980, Beineix ou Besson) desta tentativa confrangedora de drama passional não consegue esconder que a história que ela quer contar parece não ter grande nexo e deixa quase tudo por explicar. Pior: o elenco de luxo parece ficar entregue a si próprio, sem direcção de espécie nenhuma, o que é bizarro vindo de uma actriz que reconhecemos como talentosa. É exactamente por vir de gente que temos como talentosa que Cadências Obstinadas é um daqueles objectos tão inexplicáveis que chegam a envergonhar o espectador.
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