Vítima de violência doméstica e tortura acaba detida em Monção por estar ilegal no país

Após as agressões, a mulher refugiou-se numa localidade espanhola na companhia de sete filhos menores, com idades entre os dois e os 15 anos

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A seguir aos roubos, a violência doméstica constituiu a tipologia criminal mais participada PÚBLICO

De acordo com a fonte do Comando Territorial da GNR de Viana do Castelo, a detenção foi concretizada na noite de quarta-feira, com os militares do posto de Monção a confirmarem a permanência ilegal em Portugal das duas pessoas, originárias da Europa de Leste. A detenção ocorreu na sequência de uma denúncia de violência doméstica, efectuada pelo primo da vítima, após o marido desta, da mesma nacionalidade e com um mandado de captura internacional pendente, a "ter agredido e torturado".  Após as agressões, a mulher refugiou-se numa localidade espanhola na companhia de sete filhos menores, com idades entre os dois e os 15 anos, tendo procurado ajuda junto da Guardia Civil.

A GNR diz ter sido contactada pelas autoridades espanholas, que tinham "estabelecido contacto com a vítima" e posteriormente "marcado encontro na sua residência".

"Foi então apurado que o agressor se tinha posto em fuga para Espanha e que estaria armado, sendo a vítima e os menores acolhidos no posto da GNR de Monção", explicam as autoridades portuguesas. Diligências posteriores viriam a confirmar que os dois adultos - a vítima de violência doméstica e o primo - "estavam ilegalmente em território nacional", pelo que foram detidos.

Os menores foram entregues ao cuidado da Comissão de Protecção de Crianças e Jovens de Monção e os dois detidos presentes no Tribunal de Monção para primeiro interrogatório judicial, desconhecendo-se qualquer decisão sobre o destino de ambos.

 

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