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Estes jovens negros também são Harvard

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"Não, não podes tocar no meu cabelo", "Oreo é um tipo de bolacha, não um tipo de pessoa", "Vocês são todos rápidos porque passam muito tempo a fugir da polícia?", "Não gostavas de ser branca como nós?". Estas são algumas das frases que estudantes negros da Universidade de Harvard, nos Estados Unidos, decidiram partilhar na campanha fotográfica "I, Too, Am Harvard", parte de um projecto que inclui, ainda, uma peça de teatro. Kimiko Matsuda-Lawrence, aluno desta universidade, escreveu e encena a peça, com o mesmo nome, inspirada num poema de Langston Hughes e baseando-se em entrevistas a mais de 40 universitários de Harvard que se identificaram como negros. A ideia surgiu, conta o "Washington Post", durante discussões entre membros de uma organização negra histórica de Harvard, Kuumba, em que os estudantes falavam sobre o facto de serem os únicos jovens negros em algumas aulas, entre outros aspectos desconfortáveis. As fotografias são publicadas no Tumblr, no Facebook e no Twitter, onde a hashtag #itooamharvard tem gerado discussão. Em Portugal, recentemente, uma lista para a direcção geral da Associação Académica de Coimbra lançou uma campanha que alertou para o preconceito de que os estudantes brasileiros são alvo por cá, com relatos e fotografias semelhantes.