É um filme ingénuo para tempos cínicos, esta aventura da II Guerra Mundial inspirada em factos verídicos (uma equipa de historiadores e curadores aliados enviados para resgatar a arte roubada por Hitler) e filmada por George Clooney como se o rat pack de Danny Ocean fosse curtir para a guerra. É, precisamente, nessa ingenuidade nostálgica por tempos mais simples que reside o problema de Os Caçadores de Tesouros: no seu melhor, quer como realizador quer como actor, Clooney gosta de explorar os cambiantes, prefere uma complexidade desencantada e lúcida. E, por isso, não consegue convocar a ligeireza e a despreocupação que, por exemplo, um Steven Soderbergh traria a esta história, nem consegue chegar à vertente de “romance de aventuras” que se escondia por trás dos factos reais. Daqui resulta um filme simpático mas descartável, que se vê sem enfado mas também sem entusiasmo, e que está longe de cumprir as expectativas que quer a história quer o (tão desaproveitadinho) elenco criavam.
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