Portugal sobe cinco lugares na lista de países com maior liberdade de imprensa
Relatório da organização Repórteres Sem Fronteiras.
O relatório, feito com base em questionários enviados a jornalistas de todo o mundo com perguntas sobre eventuais violações feitas à liberdade de imprensa nos seus respectivos países, sobre a propriedade dos meios de comunicação, as formas de regulação e a ética profissional, manteve a Finlândia como o país onde os jornalistas são mais livres.
O norte da Europa é, aliás, a região onde a liberdade de imprensa é mais respeitada, sendo a Holanda e a Noruega os países que ocupam os segundo e terceiro lugares da lista.
Nas últimas posições encontra-se os três países que já ocupavam o fundo do ranking no ano passado: Eritreia, Coreia do Norte e Turquemenistão.
De acordo com o documento, no ano passado um jornalista morreu em serviço e três outros profissionais, que a organização classifica como cidadãos-jornalistas, foram assassinados. Além disso, foram feitos prisioneiros 177 jornalistas e 164 cidadãos-jornalistas.
O cenário surge como “normalizado”, depois de 2012 ter sido aquele em que foram contabilizadas mais mortes em nome da liberdade de imprensa desde que a Repórteres Sem Fronteiras faz relatórios anuais.
Este ano, a organização publicou, pela primeira vez, um indicador da liberdade de imprensa em todo o mundo com novos conceitos já que mede também o desempenho dos governos no que se refere a esta liberdade fundamental e tem em conta as novas tecnologias de divulgação de informação.
Este indicador classifica não só os países como as várias regiões do planeta, atribuindo-lhes uma pontuação de 0 a 100, em que zero representa total respeito pela liberdade de imprensa.
De acordo com este documento, a Europa recebeu uma pontuação de 17,5, enquanto o continente americano a pontuação chegou aos 30 pontos.
A região onde a liberdade de imprensa é mais mal tratada é o Médio Oriente e o norte de África, com 48,5 pontos, seguida da Europa de leste e Ásia central, com 45,3 pontos.
A região da Ásia-Pacífico recebeu 42,2 pontos e a África 34,3 pontos.
A organização não se aventurou a fazer previsões para 2014, mas ressaltou que seguirá de perto a situação nos países nos quais houve maiores mudanças de posição no ranking – como o Japão, Israel, Tanzânia ou Mali – e outros como a Ucrânia, onde decorrem actualmente protestos contra o governo.