Prestação da casa deverá manter-se em níveis historicamente baixos no próximo ano
Economistas não esperam grandes oscilações nas taxas Euribor.
No entanto, os mínimos históricos registados pelas taxas Euribor em 2013 não deverão ser renovados em 2014. A expectativa de um grande número de economistas é de estabilização nos actuais valores ou ligeiras subidas. O Montepio, por exemplo, estima que a Euribor a três meses possa ficar nos 0,35%, no final do ano, contra os actuais 0,26%.
A garantia do Banco Central Europeu (BCE) de manter as taxas de referência em níveis baixos por um longo período de tempo ajudará as taxas Euribor, a que estão associados os empréstimos à habitação, a permanecer em níveis historicamente baixos.
A ajudar a estabilizar a Euribor está ainda a disponibilidade manifestada pelo presidente do BCE, Mario Draghi, de que poderá baixar a taxa directora, actualmente em 0,25%, se for necessário. Este cenário parece afastado no curto prazo, dado o nível baixo a que esse encontra a taxa, mas o BCE poderá accionar outras medidas, designadamente ao nível da cedência de liquidez, que deverão contribuir para a manutenção dos actuais níveis das taxas Euribor.
Nos empréstimos mais antigos, com spreads (margem comercial) baixos, a componente de capital amortizado já é superior à dos encargos com juros, o que reduz mais rapidamente o capital em dívida e amortece o impacto das variações de taxa de juros. Nos empréstimos mais recentes, com spreads mais elevados, as variações de taxas são mais visíveis.
Ao longo do último ano, a variação das taxas Euribor, fixadas por um conjunto alargado de bancos, poucas variações sofreu. A variação mais expressiva verificou-se na Euribor a três meses, cuja média mensal estava, em Dezembro do ano passado, em 0,185% e deverá terminar o corrente ano num valor próximo dos 0,267%. A Euribor a seis meses, actualmente nos 0,364%, e a 12 meses, nos 0,549%, mantiveram-se praticamente inalteradas no último ano.