Mourinho diz que não havia razão para Villas-Boas ser despedido

Treinador do Chelsea falou com ex-adjunto, depois de este ter sido dispensado do Tottenham.

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André Villas-Boas foi despedido depois de o Tottenham ter sido goleado pelo Liverpool Eddie Keogh/Reuters

"No futebol, nada me surpreende, tudo pode acontecer. Quando lhe deram um contrato de três ou quatro anos, era porque acreditavam nele e porque achavam que era o homem certo para treinador. Tiveram alguns maus resultados, mas penso que não era razão para alterar esta confiança ou para mudar de treinador", disse Mourinho.

Villas-Boas, que trabalhou com José Mourinho por mais de sete anos, foi despedido do Tottenham na segunda-feira, um dia depois de o clube ter sido goleado em casa pelo Liverpool (5-0), na 16.ª jornada da Liga inglesa.

"Nos últimos seis meses, falei com o André três vezes, uma num encontro de treinadores, outra quando jogámos contra eles e de novo há uns dias atrás. Não falei com ele sobre o caso, dei-lhe ânimo e disse que não era o fim do mundo, que amanhã outro trabalho vai aparecer, por isso, Feliz Natal. Não lhe falei sobre o caso, porque só quem estava por dentro sabe o que vai acontecer", afirmou.

Na antevisão do encontro de segunda-feira, frente ao Arsenal, da 17.ª jornada da Premier League, Mourinho lembrou outra pessoa com quem trabalhou vários anos no Real Madrid, o médio alemão Mesut Ozil, considerando que é um jogador que não precisa de tempo para se adaptar, porque "chega e tem um lugar à espera dele, da sua qualidade, maturidade e liderança".

"Há jogadores que compramos sabendo que temos de trabalhar com eles, para se adaptarem ou encontrar a melhor solução para tirar o máximo deles, mas Ozil não precisa de nada. Ele chegou, Arsene [Wenger, treinador do Arsenal] deu-lhe a camisola, começou a jogar imediatamente e imediatamente a equipa ficou melhor", considerou.