Independentemente dos números, o objectivo de encher a praça da Catalunha ficou cumprido, segundo disse o porta-voz da organização da manifestação, José Domingo, ao diário espanhol El País.

Realizada no dia nacional de Espanha, a marcha pretendia juntar os catalães que se opõem à independência da região, dando visibilidade aos “que se sentem tão catalães como espanhóis”, segundo disse José Domingo ao El Mundo, demonstrando “que muitos catalães se sentem espanhóis e não querem que isso mude”. <_o3a_p>

O manifesto surge como reacção ao cordão humano com centenas de milhares de pessoas, organizado a 11 de Setembro (dia da Catalunha), que teve como objectivo mostrar a união a favor da independênciad da região. <_o3a_p>

De acordo com a AFP, a manifestação deste sábado decorreu num ambiente festivo, onde se liam slogans como “Somos 47 milhões” de espanhóis ou “Temos um só coração”. <_o3a_p>

“A maioria silenciosa rompeu o silêncio. O cordão humano independentista não é a única imagem da Catalunha”, disse a presidente do Partido Popular da Catalunha, Alicia Sanchez-Camacho, à AFP. “Queremos passar a mensagem ao resto da Espanha e ao mundo de que a Catalunha é plural e que quer continuar a ser espanhola”, acrescentou, segundo o El País. <_o3a_p>

“Vivemos num momento de crise e hoje mais do que nunca devemo-nos unir”, disseram os organizadores da manifestação. <_o3a_p>

Ao mesmo tempo, algumas centenas de manifestantes ligados a grupos de extrema-direita desfilaram no centro de Barcelona, apesar de as autoridades catalãs terem anunciado o cancelamento da marcha. A marcha foi acompanhada pela polícia, em apertada vigilância, com o objectivo de evitar incidentes com outro grupo de manifestantes anti-fascistas que desfilou ao lado. <_o3a_p>