Estará um tesouro nazi escondido numa pauta de música? Um realizador holandês acredita que sim
Realizador holandês está a investigar possível local onde terão sido deixados ouro e diamantes no final da II Guerra Mundial.
Giesen, 51 anos, sempre acreditou nos rumores de que nos últimos dias de guerra o secretário privado de Adolf Hitler inscreveu na pauta de Marsch Impromptu letras, figuras e runas (caracteres de antigos alfabetos germânico e escandinavo) em forma de código para indicar as coordenadas de um tesouro.
A pauta deveria ter sido entregue a alguém em Munique, mas nunca chegou ao seu destinatário. Décadas mais tarde, o documento acabou por ir parar às mãos do jornalista holandês Karl Hammer Kaatee e depois às do realizador.
Segundo o jornal alemão Der Spiegel, o realizador e músico tentou durante anos decifrar o código que o secretário de Hitler terá criado na pauta, cuja autenticidade nunca foi provada. Em Dezembro último, Giesen tornou público que tinha March Impromptu e rapidamente recebeu ofertas de ajuda para decifrar o alegado código.
Apesar de alguns especialistas considerarem que tudo pode não passar de mais um caso de excesso de imaginação sobre o que ainda haverá por encontrar dos bens do regime nazi, o realizador holandês acredita que resolveu o mistério. Segundo Giesen, a resposta está numa linha que terá sido acrescentada à música e que diz Wo Matthias die Saiten Streichelt (Onde Matthias arranca as cordas). Esta será uma referência a Mittenwald e ao filho da terra Matthias Klotz, responsável pela tradição local de construção de violinos.
O realizador acredita ainda que a pauta tem um diagrama esquemático das linhas férreas que passavam por Mittenwald na década de 1940 e que a runa Enden der Tanz (O fim da dança) no final da música indica o local onde foi enterrado o tesouro.
Giesen já terá feito três tentativas para encontrar o tesouro, indica o Spiegel. Os sinais dessas tentativas, que incluíram buracos abertos no alcatrão entretanto cobertos, e marcações com tinta azul, estão visíveis no local onde o realizador acredita estarem enterradas grandes quantidades de ouro e diamantes.
Com a autorização das autoridades locais, Giesen usou detectores de metais e maquinaria para abrir pequenos buracos no alcatrão. O holandês diz que os primeiros resultados indicam a presença de uma grande quantidade de metais não identificados mas que será necessário o recurso a equipamentos especializados para prosseguir com as buscas.
Com o orçamento estimado de 25 mil euros, a operação deverá ser suportada através de uma campanha de crowdfunding (financiamento colectivo através da Internet).