Yong Sheng é o primeiro navio chinês a estrear a Passagem do Noroeste

Degelo em 2007 no Pólo Norte permitiu a travessia da Passagem do Noroeste entre o Atlântico e o Pacífico com navios. Percurso demora menos 12 a 15 dias e promete dar impulso às exportações chinesas.

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União Europeia recebe cerca de 16% das exportações chinesas Beck Diefenbach/Reuters

As alterações climáticas no Árctico e o degelo em 2007 encurtaram a rota entre a Europa e a Ásia tornando a passagem navegável. A viagem é entre 12 a 15 dias mais rápida do que através do tradicional Canal do Suez.

O cargueiro Yong Sheng saiu do porto de Dalian quinta-feira e deverá demorar 33 dias a chegar a Roterdão, via Estreito de Bering. De acordo com a AFP, a nova rota é navegável por um período de quatro meses por ano e encurta a distância em cerca de sete mil quilómetros. Cerca de 90% do comércio externo da China é feito por mar e a nova rota poderá reduzir custos às empresas marítimas. A União Europeia e os Estados Unidos são os principais clientes das exportações chinesas.

Em 2012, 46 navios utilizaram a Passagem do Noroeste (em 2010 foram apenas quatro), um número residual comparado com o do Canal do Suez, que tem um tráfego de 19 mil navios por ano e 162 quilómetros de extensão, entre os mares Mediterrâneo e Vermelho. Contudo, estima-se que em 2020 mais de 15% do comércio internacional chinês poderá recorrer à nova rota.

O Grupo Cosco, que se torna na primeira empresa chinesa a tentar a travessia marítima comercial pela Passagem do Noroeste, é formado por oito subsidiárias e tem uma frota com mais de 500 navios.
 
 

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