A acção, que está a ser divulgada pelo Facebook e se traduzirá numa concentração em frente ao Palácio de Belém, exige a demissão do Governo e o fim da austeridade no país.

João Camargo, um dos organizadores e membro do movimento, disse ao PÚBLICO que o "Conselho do Povo" fará o mesmo que o Conselho de Estado - discutir as perspectivas da economia portuguesa no Pós-Troika.

No entanto, do lado de fora do Palácio de Belém os manifestantes terão apenas um conselho para endereçar ao Presidente da República: a dissolução da AR. 

A devastação económica e social e a fragilidade do Governo são, para João Camargo, motivos mais do que suficientes para Cavaco Silva “parar este Governo” e, afirma, “por muito menos do que isto o Presidente aceitou a demissão do Governo anterior”.

O movimento cívico pretende alertar para o facto de que há vozes que não estão representadas no Conselho de Estado e exigir que a voz popular seja ouvida.

João Camargo considera que neste momento a legitimidade do executivo de Passos Coelho “emana da troika” e, ironiza, “como a única fonte de legitimidade do Governo é o povo avisem-nos se for para haver uma transição de regime”.