“A direita europeia faz uma política de austeridade suicída. Basta de austeridade, basta de sofrimento para nada porque esta austeridade não está a ajudar à crise”, declarou Alfredo Rubalcaba, que pediu mais tempo e mais condições para Portugal pagar os seus compromissos.

Na intervenção que fez na sessão de abertura do XIX Congresso do PS, que decorre até domingo, no Europarque, em Santa Maria da Feira, e que foi muito aplaudida, o dirigente do PSOE explicou que os “socialistas do Sul são responsáveis, mas precisam de mais tempo e de condições razoáveis para honrar as suas dívidas”. E questionou:”Será que é preciso que haja uma fractura entre a Europa de Note e a Europa do Sul para que a direita mude de política económica?”

Antes aludira ao “sofrimento” dos trabalhadores portugueses e espanhóis devido à “política de direita de Angela Merkel” e vincou que o “socialismo espanhol e o socialismo português têm raízes muito profundas”, alicerçadas na “justiça social, na igualdade, nos valores e nas lutas contra as ditaduras”.

No final, clamou por um “modelo de Europa Social, um espaço de liberdade e de solidariedade”. “Esse é o nosso projecto”, proclamou Alfredo Rubalcaba, deixando votos de “muita força, muita força, muito ânimo”. Para o final ficou uma mensagem de esperança: “Vai haver mudança e atrás de Portugal, irá a Espanha, a França”. “Ânimo!”

Antes, o líder do PS/Aveiro, o deputado Pedro Nuno Santos defendera que Portugal precisa de fazer "uma reestruturação significativa da dívida pública", o principal "obstáculo ao crescimento", e que "em contexto de recessão a austeridade é sempre estúpida".