Santos Pereira: "Tudo faremos para continuar a diminuir a despesa do Estado"
Ministro da Economia disse que já foram atingidas "metas históricas" nos cortes nas rendas da energia, nas parcerias público-privadas e nas empresas públicas.
O objectivo é "fazer baixar os impostos das empresas de forma sustentada" de forma a "atrair mais investimento", explicou Álvaro Santos Pereira, depois de questionado sobre o chumbo do Tribunal Constitucional de quatro das normas do Orçamento do Estado que implica um buraco de mais de 1300 milhões de euros e que vai obrigar o Governo a adoptar medidas alternativas.
O governante falava aos jornalistas após uma visita à empresa Sumol/Compal, em Almeirim, distrito de Santarém, acompanhado pelo ministro da Indústria argelino, Chérif Rahmani, com quem assinou da parte da manhã, em Lisboa, uma série de protocolos de cooperação económica entre os dois países.
"Tudo faremos para continuar obviamente a diminuir a despesa do Estado, mas principalmente para fazer algo que para nós é fundamental. Apostar no investimento nacional - estamos a fazer isso hoje - e é isso que estamos a fazer, quer com a estratégia da reindustrialização, quer apostando numa política de competitividade social, que nos ajude a baixar os impostos das empresas de forma sustentada e para atrair mais investimento", salientou o ministro.
Álvaro Santos Pereira disse ainda que em relação ao seu ministério foram atingidas "metas históricas" nos cortes nas rendas da energia, nas parcerias público-privadas (PPP) e nas empresas públicas, nomeadamente as de transportes.
"Cortámos 2000 milhões de euros nas rendas da energia, avançámos com cortes de 1348 milhões de euros nas PPP. Estamos a rever o modelo de negócios para permitir poupanças, no mínimo, de 250 milhões de euros já este ano, e superiores a 300 milhões para o ano, cortando nas rendas dos sectores e diminuindo a protecção de muitos sectores que foram protegidos sem razão e de uma forma exagerada nos últimos anos", explicou o governante.
Álvaro Santos Pereira deu ainda outro exemplo: "Pela primeira vez desde o início da nossa democracia conseguimos o equilíbrio operacional das empresas públicas de transportes. Conseguimos com que mais de 15% dos trabalhadores do sector, e 20% até ao final deste ano, saíssem sem grande convulsão e através de um programa muito abrangente de rescisões por mútuo acordo."