O triunfo (2-0) em Setúbal é um prémio pela forma como o Nacional soube gerir a partida depois de ter chegado à vantagem, dado que antes disso era o Vitória de Setúbal que mais procurava criar perigo junto da baliza adversária.

No adeus Meyong, muito aplaudido no final da partida, as duas equipas entraram em campo receosas uma da outra, mas foi o Vitória de Setúbal quem mais procurou o golo nos primeiros 45 minutos. Num jogo equilibrado, foi da equipa da casa a construir a melhor oportunidade de golo na etapa inicial, aos 28’, quando Miguel Pedro, com um remate de cabeça bem colocado, proporcionou uma boa defesa a Gottardi.

Pouco depois, os adeptos do Vitória de Setúbal reclamaram grande penalidade, por uma alegada obstrução a Pedro Santos dentro da grande área do Nacional, mas o árbitro nada assinalou e pareceu que esteve bem na decisão tomada.

Sem grandes motivos de interesse na etapa inicial, a segunda parte começou praticamente com o golo do Nacional, de Mario Rondón, que conseguiu desembaraçar-se de Nélson Pedroso e rematou cruzado, sem hipóteses para o guarda-redes Kieszek.

Sem fazer muito por isso, o Nacional apanhava-se a ganhar por 1-0 no Bonfim e tornava a vida cada vez mais difícil para um Vitória de Setúbal esforçado, mas nem sempre clarividente no ataque. O Vitória de Setúbal respondeu de imediato por Miguel Pedro, de cabeça, a obrigar Gottardi a mais uma defesa apertada, e Meyong, a fazer a recarga para golo, mas o lance foi anulado por alegado fora-de-jogo do camaronês, que se despede com 13 golos marcados no campeonato.

Não marcou o Vitória de Setúbal, marcou Candeias, aos 67’, num remate portentoso a cerca de 30 metros da baliza de Kieszek, que ficou a ver a obra-prima do jogador do Nacional. A perder em casa por 2-0, o treinador José Mota decidiu-se pela estreia do internacional Makukula, que entrou para o lugar do jovem Miguel Pedro, mas nesta altura já o Nacional mandava no jogo e até poderia ter marcado mais um ou dois golos, não fosse a falta de pontaria dos madeirenses.