Sondagem diz que Hillary Clinton ganharia presidenciais de 2016
É uma das políticas mais populares dos EUA. Há quem diga que sai do Governo de Obama para preparar candidatura.
Hillary Clinton é a actual secretária de Estado dos EUA, é a responsável pela diplomacia. Anunciou, com bastante antecedência, que não permaneceria no cargo no caso de o Presidente Barack Obama ser reeleito para um segundo mandato, o que aconteceu.
Os analistas americanos disseram que foi o sinal mais claro de que Clinton quer preparar-se para as presidenciais de 2016, tornando-se a primeira mulher na Casa Branca. Já fez campanha, em 2008, mas as primárias do Partido Democrata deram a vitória a Barack Obama e foi ele o candidato, tornando-se o primeiro negro eleito chefe de Estado.
Quando tentou candidatar-se à presidência era considerada muito divisiva do eleitorado, mas neste momento, Hillary é uma das políticas mais populares do país. Tem uma grande aceitação à esquerda e à direita - 55% dos que se consideraram independentes disseram que votarão nela. A sondagem revela que está também bem posicionada entre as mulheres (66%). E 23% dos republicanos optariam por Clinton.
A Casa Branca não é um lugar desconhecido para esta mulher de 65 anos. O seu marido, Bill Clinton, foi Presidente entre 1993 e 2001.
Claro que a possível eleição de um democrata depois do segundo mandato de Obama será bastante condicionada pela prestação do actual chefe de Estado, sobretudo nos dois últimos anos da sua presidência. Mas é de tal forma grande a convicção de que Hillary será candidata que, recentemente, David Remnick começou um texto na revista New Yorker com a frase "Hillary Clinton vai ser candidata".
Remnick assistiu a um encontro organizado pela Brookings Institution em Washington para debater as relações EUA-Israel. Hillary Clinton, muito elegante e de cabelo solto, esteve presente e foi a oradora principal. Foi passado um filme sobre a carreira de Hillary como primeira-dama, senadora, secretária de Estado, e nele ouviram-se testemunhos dos israelitas Benjamin Netanyahu, Ehud Barak e Tzipi Livni, e de colegas nacionais e internacionais, como o senador John Kerry e o ex-primeiro-ministro britânico Tony Blair. "O melhor [dela ainda está por vir", disse Blair.
O que se passou, escreveu Remnick, foi claramente um "apoio internacional por antecipação" à candidatura de Hillary Clinton.