Milhares em protesto: "Matar a Cultura é matar a alma de um povo"

Os protestos estão de regresso à Praça de Espanha, palco da grande manifestação de 15 de Setembro
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Os protestos estão de regresso à Praça de Espanha, palco da grande manifestação de 15 de Setembro Enric Vives-Rubio
Na Praça de Espanha, a imaginação também se juntou ao protesto
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Na Praça de Espanha, a imaginação também se juntou ao protesto Enric Vives-Rubio
No Porto, a concentração fez-se na Praça D. João I
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No Porto, a concentração fez-se na Praça D. João I Paulo Pimenta
Cartaz apela à organização do povo
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Cartaz apela à organização do povo Paulo Pimenta
A manifestação no Porto uniu gerações
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A manifestação no Porto uniu gerações Paulo Pimenta
"Arte ou morte", lê-se nas costas desta manifestante, no Porto
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"Arte ou morte", lê-se nas costas desta manifestante, no Porto Paulo Pimenta
As panelas serviram para acrescentar barulho extra ao protesto portuense
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As panelas serviram para acrescentar barulho extra ao protesto portuense Paulo Pimenta
00h42, Lisboa

Os espectáculos chegaram ao fim no palco da Praça de Espanha. Carlos Mendes faz um balanço da acção de protesto para o PÚBLICO: "Não pode ser melhor. São 20 [minutos] para a uma [hora] e isto está assim." O músico olha à sua volta. "O Governo que se ponha a pau. E a

troika

também. Isto é uma maré. Agora é imparável."

00h34, Lisboa

O

poema de José Gomes Ferreira

que serve de letra a

Acordai!

é dito em grego, castelhano, italiano, alemão, inglês e francês. Só depois é cantado em português

00h27, Lisboa

Sobe ao palco o coro que entoará

Acordai!

, canção heróica de Fernando Lopes-Graça que já se ouviu em frente ao Palácio de Belém, quando ali estava reunido o Conselho de Estado, a 21 de Setembro, e também no Porto, no dia 29.

00h14, Lisboa

Com Deolinda em palco, ouve-se agora a canção-hino do "precariado",

Parva que sou

.

23h45, Lisboa

Começa a tocar A Naifa. A vocalista, Maria Antónia Mendes, diz: "Depois de amanhã [segunda-feira], vamos cercar o Parlamento. Eu vou. E vocês?"

23h41, Lisboa

Ana Brandão pede uma salva de palmas para Bruno Simões,

actor que morreu ontem

.

23h40, Lisboa

“Sou a Ana Brandão. Sou portuguesa. Sou artista e cantora. Sou precária.” Canta: “Se cinco elefantes incomodam muita gente, quatro poetas incomodam muito mais”.

23h36, Lisboa

Camané canta

Inquietação

com os Dead Combo. O trio arranca forte aplauso com a versão do tema de José Mário Branco.

22h22, Lisboa

Ana Bacalhau: "Fiquei muito satisfeita por ver tanta gente unida a uma só voz. A partir de agora só posso esperar que estejamos alerta a supervisionar quem nos governa". Recorde-se que o grupo de que Ana Bacalhau é vocalista, os Deolinda, são ao autores da canção-hino da "geração à rasca", que a 12 de Março de 2011 saiu à rua para a então maior manifestação não vinculada a estruturas partidárias ou sindicais desde o 25 de Abril.

22h11, Lisboa

A coreógrafa Vera Mantero pede à plateia que grite palavras de ordem enquanto ela dança no palco. "Basta! Chega!" Enquanto a coreógrafa dança, começam a cantar: "FMI, fora daqui!"

21h09, Lisboa

Numa altura em que os Bandex se preparam para actuar, surge a imagem de Cavaco Silva num ecrã e ouvem-se apupos da plateia.

21h09, Lisboa

A actriz Catarina Wallenstein declama uma adaptação do

Manifesto Anti-Dantas

, de Almada Negreiros, contra a

troika

, Pedro Passos Coelho e Miguel Relvas. "Morra a

troika

, morra!"

20h33, Lisboa

No centro da Praça de Espanha foi projectado um vídeo "em memória do serviço público de televisão", com trechos de programas e noticiários da RTP e da RTP2. O produtor Alexandre Oliveira (

Filme do Desassossego

) diz que tanto ele como outros cineastas estão ali "em representação do cinema e do audiovisual, e em defesa do serviço público". "Para nós, o canal público substitui muitas vezes o Ministério da Educação. O canal público foi uma bolsa de ar para muitos cineastas durante anos."

20h26, Coimbra

Centenas de pessoas animaram esta tarde as ruas de Coimbra e uma praça da Baixa da cidade com canções, coreografias e “tacholadas”. Entoaram cânticos de protesto e executaram coreografias. Sempre que soava o cântico “com este Governo só andamos para trás” todo o grupo recuava alguns metros. Quando entoavam “Está na hora, está hora, de o Governo ir embora” os corpos rendiam-se ao embalo da melodia. Por onde passavam viam alguns transeuntes juntar-se ao grupo. Uma delegação da Associação Académica de Coimbra, liderada pelo seu presidente, Ricardo Morgado, incorporou-se no final, exibindo uma longa faixa branca, em sinal de luto, onde se lia “Um país sem brio”.

Lusa19h59, Aveiro

Cerca de três centenas de pessoas participaram na manifestação cultural no Parque Infante D. Pedro, em Aveiro, segundo dados da organização. O número de participantes ficou aquém do número de pessoas que confirmaram a sua presença na página da iniciativa no Facebook, mas a organização ficou satisfeita com a adesão. “O balanço é claramente positivo. Tivemos uma boa adesão. No Facebook havia cerca de 600 pessoas, mas foi muito bom ter vindo esta multidão mostrar o seu descontentamento”, disse João Catarino, da organização.

Lusa19h44, Viseu

A rua da Paz, no centro da cidade, acolheu mais de 150 pessoas indignadas com as medidas que têm vindo a ser tomadas pelo Governo. Muitos foram os músicos, pintores, designers, poetas e outros artistas da região que participaram na manifestação cultural, que se prolongou até ao início da noite e pediu a “forca para a

troika

”.

Lusa19h39, Lisboa

Paulo Furtado (The Legendary Tiger Man): "Hoje estou aqui como cidadão. Já chega. Este Governo tem de cair. As pessoas estão a perder o medo." O vocalista e guitarrista dos Wraygunn conta que declinou o convite para actuar na manifestação. "Eu não vim tocar para estar aqui como cidadão. Vim ler um excerto do

Desobediência Civil

do Thoreau. Acho que as pessoas não precisam de ser entretidas, precisam de ser acordadas."

19h35, Porto

A marcha de protesto que partiu da praça da Batalha, no Porto, decorreu ao som do bater de tachos e sob a égide de um coelho esfolado e crucificado para culminar em vários concertos contra a austeridade. Depois de passar pela rua de Santa Catarina e pela Câmara do Porto, vários milhares de pessoas acabaram por se concentrar ao final da tarde na praça D. João I para ver artistas como Capicua, Manuel Cruz, dos Ornatos Violeta, e a vocalista dos Clã, Manuela Azevedo.

Lusa19h23, Lisboa

Ambiente de festa na Praça de Espanha. No fim de

Traz outro amigo também

, há um grande aplauso. Sobe Maria do Céu Guerra ao palco: "Como vocês, pertenço a um país que está farto".

19h20, Lisboa

Arménio Carlos: "Esta não foi uma acção de lamúria, de apelo à caridade. Foi de denúncia e combate contra a política que pretende negar o presente e hipoteca o futuro."

19h18, Beja

A canção

Grândola, Vila Morena

, de Zeca Afonso, marcou o “pontapé de saída” da manifestação cultural contra as medidas de austeridade em Beja, que, a meio da tarde, contava com a adesão de cerca de 200 pessoas. Concertos, performances de teatro, sessões de poesia e de contos e pintura ao vivo são formas de arte que marcam o cartaz da manifestação cultural e “materializam o espírito de insubmissão que se sente em todo o país”, segundo a organização.

Lusa19h08, Lisboa

Francisco Fanhais, no palco da Praça de Espanha: "Como dizia o poeta, já estão inventadas (eu diria, já foram cantadas) todas as palavras (letras, canções) que hão de salvar o país. Só falta salvá-lo." Depois, cantou o poema

Porque os outros se mascaram mas tu não

, de Sophia.

19h01, Lisboa

O líder da Intersindical entende que a marcha "demonstrou que o aumento dos salários e do salário mínimo nacional no imediato é uma condição essencial para a melhoria das condições de vida". "Em vésperas de apresentação do Orçamento do Estado, o Governo diz que vai mudar qualquer coisa para ficar tudo na mesma", afirmou ainda Arménio Carlos, seguido de mais assobios com o Executivo de Passos Coelho como alvo.

18h55, Lisboa

Arménio Carlos: "O Orçamento do Estado é um massacre aos rendimentos dos trabalhadores, dos jovens, dos pensionistas, dos reformados e dos micro e pequenos empresários. A despesa pública é incomportável, parasitária e escandalosa. Exigimos que os impostos pagos pelos trabalhadores e pelos pensionistas deixem de alimentar a alta finança e os grandes grupos económicos, que hoje promovem o assalto ao Estado."

18h52, Faro

Cerca de 300 pessoas estão concentradas na Doca de Faro, em protesto contra as medidas de austeridade decretadas pelo Governo. A concentração iniciou-se pelas 16h no Jardim da Alameda, tendo os manifestantes percorrido várias artérias da cidade em direcção à doca, onde está montado o palco da manifestação cultural, para atores, cantores e músicos protestarem contra a austeridade. “Chega de desemprego, queremos as nossas vidas” foram algumas das palavras de ordem entoadas pelos manifestantes, alguns dos quais munidos de tachos, panelas e caçarolas.

Lusa18h44, Viana do Castelo

Cerca de 350 pessoas manifestaram-se na Praça da República, contra as medidas de austeridade com música, poesia e críticas à Igreja Católica. O número de participantes foi apontado pela PSP. A concentração popular envolveu várias intervenções e discursos de trabalhadores, desempregados e jovens que subiram ao “palco”, improvisado no secular chafariz que ali existe, também para declamar poesia e cantar.

Lusa18h30, Lisboa

O secretário-geral da CGTP, Arménio Carlos, começou o discurso de encerramento da “marcha contra o desemprego”, com ponto final em São Bento.

18h30, Lisboa

"É verdade que há alguns pruridos em relação ao que se está a passar aqui", observa Myriam Zaluar. "Há quem ache que um protesto cultural não tem a dignidade de uma manifestação. Acusaram a organização de estar a organizar uma festa, quando há pessoas a passar fome. Isto não deixa de ser um protesto. Matar a Cultura é matar a alma de um povo", diz a jornalista, que integra o “Que se lixe a

troika

! Queremos as nossas vidas”. "Os trabalhadores da Cultura vieram dizer aqui que estão vivos. Os milhares de pessoas que estão aqui não são só artistas e sabem que isto é um protesto."

18h18, Lisboa

O grupo de estudantes de teatro está a chamar a atenção das pessoas, na Praça de Espanha. Elsa Carvalho, uma mãe de 47 anos, aponta para os jovens e diz para a filha: "Isto é o que te espera". "Até me arrepia." Elsa tem dois filhos, de 19 e 15 anos. "A situação do país assusta-me, angustia-me, deprime-me."

18h15, Lisboa

À frente da Assembleia da República, vaia-se o Governo.

18h09, Lisboa

Carlos Mendes foi um dos primeiros músicos a apelar à mobilização dos artistas. "Havia uma barreira entre os artistas e o resto da população. Agora, estamos unidos. Isto não vai parar mais", afirmou. O cantor e compositor olhou para a mão e leu parte da letra da canção que escreveu para o momento: "Somos mais gente fixe a dizer 'esta

troika

que se lixe'".

17h57, Lisboa

A frente da “marcha contra o desemprego” chegou à Assembleia da República.

17h55, Lisboa

Teresa Alves, de 17 anos, integra o grupo. Leva na cabeça um véu fúnebre e diz ter "medo de um futuro negro". "Estudamos três anos e ouvimos os nossos professores dizer. 'Só dois de vocês é que bvão ser actores.' Não queremos sentir isso. Não queremos competir. O teatro não é isso. O teatro é trabalho de grupo e competição saudável."

17h53, Lisboa

Um grupo de estudantes de teatro, com idades entre os 15 e os 20 anos, foi para a Praça de Espanha vestido de preto. Uns têm adesivos nos lábios ou panos na boca, lágrimas desenhadas na cara.

17h47, Lisboa

Artur Lamin e Inês Laço, recém-licenciados, dizem ver-se obrigados a emigrar. Não queriam. "Não acredito num futuro aqui", diz Artur, 22 anos, licenciado em Turismo pela Lusíada. Inês tem 20 e tirou Comunicação na Universidade do Algarve. Diz ela: "Até posso arranjar um emprego aqui, mas é ganhar 500 euros. Não quero essa qualidade de vida."

17h43, Lisboa

Na Praça de Espanha, onde já são milhares os manifestantes, o ambiente está muito calmo. Passam pessoas de bicicleta e há muitas crianças. Os Toca a Rufar preparam-se para actuar. à frente da Gulbenkian, está um pequeno grupo de trabalhadores da Lusa, com uma faixa: "Destruir a Lusa é atacar a democracia".

17h40, Lisboa

A “marcha contra o desemprego” está atrasada, a descer a Calçada do Combro. Jerónimo de Sousa caminha junto da multidão. O secretário-geral dos comunistas respondeu a Passos Coelho, que ontem no Parlamento

acusou o PCP de instigar à violência

. "Foi uma demonstração de fraqueza." Jerónimo considera que o primeiro-ministro "procurou confundir o que é o direito à luta", consagrado na Constituição. "O que está fora da Constituição é esta política e este Governo."

17h32, Lisboa

A comissão de trabalhadores da RTP está participar no protesto da Praça de Espanha. Camilo Azevedo justifica a acção com o facto de a estação pública de televisão ter sido "sempre uma grande distribuidora e um pólo de Cultura". A participação da RTP é importante, entende, "principalmente neste momento, em que a RTP2 está em definhamento e sem director". "Mais uma vez, as pessoas vão demonstrar na rua que o desgoverno não leva a nada."

17h25, Lisboa

João Camargo, membro dos Precários Inflexíveis e um dos subscritores do manifesto “Que se lixe a

troika

! Queremos as nossas vidas”, que mobilizou centenas de milhares de pessoas a 15 de Setembro, também está presente. Ainda não arrisca números de participantes, mas sublinha a importância da mobilização na Cultura, "que se junta à contestação que está a acontecer nas ruas, que se junta à população".

17h22, Lisboa

Os Precários Inflexíveis têm uma banca montada na Praça de Espanha, onde estão a tirar dúvidas questões ligadas à Segurança Social e às implicações que as novas medidas de austeridade terão no bolso dos trabalhadores. Mas não o fazem só ali. "O nosso e-mail tem sido bombardeado com dúvidas", conta Sara Rocha.

17h16, Lisboa

Brígida Boa Morte é, aos 33 anos, uma artista desempregada. Também está na Praça de Espanha: "Esta manifestação mostra a união dos artistas. Mostra que estamos unidos contra a situação revoltante na Cultura".

17h11, Lisboa

Os Diabo a Sete são uma das bandas que vão actuar na Praça de Espanha. O baterista Miguel Cardina diz esta é uma forma de o septeto se juntar "à torrente de constestação face às medidas de austeridade e de destruição do país".

17h03, Lisboa

A música já ecoa na Praça de Espanha. É a

Quinta Sinfonia

de Beethoven que inaugura o palco da "manifestação cultural". A esta hora, são centenas os que se encontram nesta praça da capital, muitos sentados na relva.

16h50, Lisboa

Começam a ouvir-se tambores nas ruas da capital. Afinal, hoje é também dia de Global Noise, protesto internacional convocado em 36 países.

16h47, Lisboa

As duas colunas da “marcha contra o desemprego” encontraram-se na Praça da Figueira. São milhares de pessoas que vão caminhar agora até à Assembleia da República, onde Arménio Carlos discursará.

16h42, Lisboa

Os lojistas da Baixa estão a vir à porta dos estabelecimentos para demonstrar o seu apoio aos protestos contra a austeridade.

16h35, Lisboa

Zoraima Prado, dirigente do Sindicato dos Enfermeiros Portugueses, lamenta as recentes decisões que conduziram ao despedimento de 134 enfermeiros na região de Lisboa e Vale do Tejo e que, com tantos enfermeiros desempregados, se estejam a encerrar extensões de centros de saúde e que, na Amora, o número de horas nas Urgências tenha sido reduzido.

16h14, Lisboa

Nora Oliveira tem 27 anos e uma filha de dois anos com uma doença crónica. Está desempregada. O marido trabalha, mas recebe o ordenado mínimo. Tiverem recentemente de se mudar os três para casa dos pais dela, em Almada. Com um cartaz, interpela o primeiro-ministro: "Passos, o que faço à vida? Roubo como tu?" Ao PÚBLICO diz não querer esmolas, quer um emprego.

15h58, Lisboa

Coluna sul chega ao terreiro do Paço. Vão encontrar-se com a coluna norte na Praça da Figueira e seguir daí para a Assembleia da República.

15h53, Lisboa

Com lenços brancos nas mãos, os manifestantes ecoam palavras de ordem: "É só cortar e roubar a quem vive a trabalhar!", "Está na hora, está na hora de os ladrões se irem embora!"

15h42, Lisboa

No Cais do Sodré, a coluna sul da "marcha contra o desemprego" prepara-se para começar a andar. São centenas de pessoas, algumas vêm desde Faro. Gritam: "Mais um empurrão e o Governo vai ao chão!", "A cada dia que passa, o Governo só faz desgraça!" e "Segurança Social é nossa, não é do Capital!".

Carlos Morgado, soldador de Almada, viu-se desempregado aos 43 anos. Há um ano que está a receber 365 euros mensais de subsídio de desemprego, tendo uma renda de 400 euros a pagar pela casa. "Só consigo viver porque é a minha mulher que traz o sustento para casa."

15h30, Lisboa

A coluna norte da "marcha contra o desemprego", organizada pela CGTP, concentra-se na Alameda D. Afonso Henriques. São cerca de 30 os manifestantes. Uma delas é Carla Cabique, educadora de infância de 36 anos que neste ano lectivo foi atirada para o desemprego. Vem de Braga. Diz que nunca se viu numa situação tão dramática: "Tive de voltar para casa dos meus pais. Sinto falta da minha independência."

Última actualização às 4h11 de 14 de Outubro
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