CGTP apresenta medidas contra “massacre” orçamental

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O encerramento da Marcha contra o Desemprego ficou a cargo de Arménio Carlos Nuno Ferreira Santos

Arménio Carlos, secretário-geral da CGTP, apresentou propostas para eliminar a “má despesa do Estado” e contrariar um orçamento que “constitui um massacre aos rendimentos dos trabalhadores”. O sindicalista defendeu o fim das Parcerias Público-Privadas e a renegociação dos contratos já existentes, poupando 500 milhões de euros, pois “são inaceitáveis estes contratos, onde os prejuízos vão todos para o Estado e os lucros para o privado”.

Arménio Carlos propôs, ainda, que o Banco Central Europeu financie directamente a 0,75% os Estados e exigiu o fim dos benefícios fiscais “injustificados que conduzem à chamada despesa fiscal do IRC”.

O dirigente da CGTP alertou para a necessidade de aumentar o salário mínimo nacional, como “condição essencial para a melhoria das condições de vida, a dinamização da economia e a criação de emprego”. O sindicalista acrescentou ser “este o tempo de exercer o direito à resistência, contra medidas ilegítimas que põem em causa direitos, garantias e liberdades”.

O líder da CGTP afirmou que a marcha contra o desemprego foi “uma denúncia e um compromisso de luta pela mudança de política”. A iniciativa que concluiu hoje começou a 5 de Outubro, em Braga e Faro. Na capital, os manifestantes juntaram-se na Praça da Figueira, de onde partiram com lenços brancos e cartazes na mão. O desfile prosseguiu ao ritmo de um grupo de bombos, que na cabeça da marcha chamavam à atenção de quem saiu de casa num sábado à tarde para passear.

Quando os manifestantes chegaram ao largo fronteiro às escadarias da Assembleia da República. Arménio Carlos garantiu que “a luta vai continuar”. Por isso, está marcado um novo protesto para 31 de Outubro. Recorda-se que a CGTP já convocou uma greve-geral, a 14 de Novembro.

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