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Os nossos melhores anos, para sempre, em Coura

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Em 2005, assistimos a um novo "big bang" com os Arcade Fire, 24 meses depois de Karen O, dos Yeah Yeah Yeahs, ter encharcado a primeira fila com sumo de ananás e da aparição PJ Harvey, feita deusa de branco. Perdemos a conta às camisas de Morrissey, atirámos tiros com M.I.A., fomos à Síria com Omar Souleyman e sentimo-nos diminutos à frente dos gigantes Pixies, Sonic Youth, Bauhaus, dEUS, Nine Inch Nails (finalmente anunciados) e Nick Cave. Fora dos palcos, a habitual chuva, a típica corrida aos impermeáveis e galochas; encontrar o Zé Pedro, no dia do estranho caso Os Maduros, e tirar uma fotografia; dar de caras com o Miguel Ângelo, de chapéu, e tirar uma outra; ouvir poesia e jazz na relva e gostar. Ver Erlend Øye a percorrer o Tabuão num barquinho, de guitarra em punho e um punhado de canções, beber cervejas (!!!) com aqueles inesquecíveis calções de Nic Offer, avistar um David Hasselhoff reencarnado a saltar para a água e salvar (seria?) miúdas, subir, a muito custo, a diabólica rampa de acesso ao recinto para ir às festas da vila, dias antes do verdadeiro festival começar. Os nossos melhores anos foram em Paredes de Coura e, desconfiamos, lá continuam à nossa espera. AR