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Baliza, espécie em vias de extinção

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O golo, escreveu Eduardo Galeano, “é o orgasmo do futebol”. “E como o orgasmo, o golo é cada vez menos frequente na vida moderna”. E como o golo escasseia, ressentem-se as balizas, abandonadas pelos cantos, cravadas de ferrugem nos campos de minifúndio, entre pinheiros, cedros e hortaliças. Domingo após domingo, os lugares nas bancadas foram perdendo adeptos e as ervas daninhas na grande área foram conquistando a área mais pequena, onde os mergulhos do guarda-redes foram perdendo aplausos, e trepando pelos postes enferrujados que já foram brancos e noutros tempos reflectiram grandes defesas. Em Portugal, junto à estrada nacional, raramente se grita golo. LOC

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