Prémio Man Booker foi finalmente para Julian Barnes

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Julian Barnes fotografado em 2007 Miguel Madeira/arquivo

O escritor britânico Julian Barnes é o vencedor do Prémio Man Booker 2011para ficção  com o romance “The Sense of an Ending” (Jonathan Cape - Random House), que já foi comprado pela Quetzal e será publicado em Portugal em breve. É caso para dizer que à quarta foi de vez.

Julian Barnes, 65 anos, autor de dez romances e de três livros de contos, esteve três vezes na lista dos finalistas do Prémio Man Booker para ficção, com os romances “O Papagaio de Flaubert” em 1984; “Inglaterra, Inglaterra”, em 1998, e “Arthur & George”, em 2005.

O júri, presidido pela escritora Stella Rimington e constituído pelo escritor e jornalista Matthew d'Ancona, pela escritora Susan Hill, pelo político e escritor Chris Mullin e por Gaby Wood, a responsável pela secção de livros do jornal Daily Telegraph, considerou que a obra tem “as marcas da literatura britânica clássica”.

O autor de “The Sense of an Ending” recebeu o prémio no valor de 50 mil libras (cerca de 57 mil euros) durante a cerimónia que decorreu hoje à noite no London's Guildhall. O escritor vive em Londres e pela sua carreira literária recebeu recentemente o David Cohen Prize for Literature 2011.

A lista de finalistas era composta pelos romances: “The Sisters Brothers” do canadiano Patrick DeWitt; “Jamrach's Managerie”, de Carol Birch (autora que esteve na lista longa de 2003 com “Turn Again Home"); “Half-Blood Blues”, da canadiana Esi Edugyan; “Snowdrops”, de A.D. Miller ("Quando a Neve Começa a Derreter”, sairá em Portugal na editora Civilização) e “Pigeon English”, de Stephen Kelman.

Dos seis finalistas, o livro de Julian Barnes é aquele que tem menos páginas e tem como tema a amizade na infância, o suicídio e as imperfeições da memória. Uma história onde há um homem, Tony Webster, que teve uma relação no passado com uma rapariga, Veronica, e por onde passa o suicídio de um amigo.

Barnes descreve o seu romance como um livro sobre “o tempo e a memória e sobre o modo como o tempo afecta a memória”. É a história de um homem, que já passou a meia-idade, e que se apercebe que algumas coisas que lhe aconteceram na vida afinal não eram bem como ele pensava.

Uma polémica surgiu quando foram anunciados os finalistas do prémio deste ano por causa de o romance “The Stranger's Child”, de Alan Hollinghurst (Picador - Pan Macmillan) não ter ficado entre os seleccionados.

O vencedor do ano passado, “A Questão Finkler”, de Howard Jacobson, vendeu 250 mil exemplares só no Reino Unido. Em Portugal o romance foi editado pela Porto Editora.

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